quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

QUEM DEU CRÉDITO A NOSSA PREGAÇÃO?



O que será necessário acontecer para que os homens venham a crer no evangelho? Muitos dizem que creem, mas, na prática agem como se a Bíblia fosse um mero conto de fadas. Tiago afirma em sua epístola que até o Diabo acredita em Deus e estremece, entretanto, a sua simples convicção de que Ele existe não será capaz de mudar o seu destino, que é o inferno, pois a sua crença não é suficiente para produzir arrependimento e mudança de atitude. Quem crê, ouve, obedece e segue.
Em toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, é nítido o amor de Deus pelos homens e o seu interesse em preservar a sua vida. É possível ver a manifestação deste amor desde os primórdios a partir do inicio da criação, descrita no livro de Gênesis. Mas, nem todos estão dispostos a dar ouvidos ao seu chamado. Este é o caso de dois jovens anônimos que tiveram a grande oportunidade de serem salvos da destruição, não obstante, decidiram duvidar e, consequentemente, pagar o preço pelas suas incredulidades (Gn 19).
Eles moravam na cidade de Sodoma que estava sentenciada a destruição, juntamente com Gomorra, devido aos altos índices de promiscuidade, devassidão e todo o tipo de atrocidades abomináveis aos olhos do Eterno. Devido a insistente intercessão do seu amigo Abraão por seu sobrinho Ló, Deus manda dois anjos até aquela cidade a fim de retirá-lo de lá com toda a sua família (Tg 2.23). Os Anjos cumprem o mandado do Senhor e comparecem a sua casa para lhe alertar sobre o que estava para acontecer.  Ló vai pessoalmente ao encontro dos seus futuros genros para convidá-los a lhe acompanhar, relatando tudo o que os Anjos lhe disseram. A Bíblia diz que eles não acreditaram nas palavras de Ló, tendo-o como um brincalhão. Deus não mente e o que havia dito que faria, aconteceu. Choveu naquele dia enxofre e fogo e aquelas cidades se transformaram em um monturo de cinzas. Somente Ló e as suas duas filhas sobreviveram. Aqueles dois jovens perderam a grande chance de escaparem ilesos da destruição pré-anunciada.
Depois deste episódio, Deus continua a enviar mensageiros à terra com o intuito de alertar os homens sobre o que precisam fazer para serem poupados da condenação eterna. Um deles chamado Isaías, faz o seguinte lamento: “Quem deu crédito à nossa pregação e a quem se manifestou o braço do Senhor?” (Is 53.1). Por derradeiro, Deus enviou o seu próprio filho, Jesus Cristo, para resgatar a humanidade sentenciada à destruição, assim como Sodoma e Gomorra, e salvá-la da morte eterna (Mt 20.28; Gl 4.4-5; Cl 1.13).
Os judeus também não creram em Jesus apesar de todas as profecias apontarem para Ele e de todos os seus sinais e prodígios realizados (Jo 1.11-12).  Hoje, a sua Igreja continua a exercer o mesmo papel daqueles dois Anjos de Sodoma, anunciando a todos que é necessário também sair... Do pecado, da incredulidade, da mornidão, da indiferença e que a cidade do refúgio é única e se chama “Jesus Cristo” (Jo 3.16, 8.32-36, 14.6; Rm 6.23, 10.9; At 4.12; Ap 3.20).

Juvenal Oliveira

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

SERÁ QUE O QUE VOCÊ TEM É SUFICIENTE?



            A motivação é a razão maior da existência humana e todos são movidos periodicamente por ela; quem a perde, simplesmente já morreu e não sabe, pois o combustível que nos faz seguir em frente é a busca por algo que ainda não conquistamos. A grande questão é que muitas vezes o nosso ferramental, recursos, meios, enfim, o que temos disponível em nossas mãos é insuficiente para chegarmos lá, ou seja, atingirmos os nossos objetivos. O que você tem hoje para conseguir alcançar a sua meta? Talvez reconheça que é muito pouco e isto acaba minando as suas forças.
            Os discípulos de Jesus certa feita se depararam com um grande desafio. Havia uma grande multidão de pelo menos quinze mil pessoas que estavam famintas e eles receberam a missão do Mestre de alimentá-las, entretanto, o que eles tinham era apenas cinco pães e dois peixinhos. Um dos discípulos, chamado Felipe, argumentou que seria necessário pelo menos duzentos denários (aproximadamente seis mil reais hoje, utilizando como parâmetro o nosso salário base) para comprar pães para tanta gente, portanto, não havia recursos suficientes (Jo 6. 1-15). O Dr. Russell Shedd faz um comentário dizendo que Felipe era ágil nos cálculos, mas pessimista em relação ao futuro. Na verdade, ele era realista, pois diante da situação financeira daquele grupo, como conseguiriam arranjar tanto dinheiro em tão pouco tempo?
            Diante de toda limitação humana, Jesus insiste na sua intenção de saciar a fome daquela multidão, hoje não é diferente, ele continua interessado em ajudar as pessoas que o buscam. Ele ordena que trouxessem aqueles insignificantes pães e peixes, e, após dar graças, o reparte com toda aquela gente. Todos foram saciados e ainda sobraram doze cestos.
            Esta experiência narrada nos quatro evangelhos nos traz alguns ensinamentos (Mt 14. 13-21; Mc 6. 30-44; Lc 9. 10-17). Primeiro, que todos aqueles que decidem seguir a Jesus, jamais ficarão na pista; jamais serão desamparados; jamais serão dispensados sem que as suas necessidades básicas venham a ser totalmente supridas (Sl 37.25; Mt 6.33, 7.7-9). E o que significa hoje seguir a Jesus? Vai muito além de possuir uma religião; de visitar constantemente um templo; de possuir cargos ou funções eclesiásticas. Seguir a Jesus implica em se esforçar ao máximo a fim de guardar os seus mandamentos, sendo um imitador seu (Jo 14.21). Em segundo lugar, nas mãos de Jesus, o que era pouco, se transformou em muito; o que era insuficiente, se tornou mais que eficiente; o que era impossível, se tornou plenamente realizável.
            Por conseguinte, se você está seguindo a Jesus ou se decidir segui-lo ainda hoje, jamais Ele te deixará desamparado. Talvez o que você tenha, assim como aqueles discípulos, seja incapaz de fazê-lo vencer, avançar, conquistar, alcançar o seu objetivo, mas, se depositar nas mãos dEle o pouco que você possui, com fé, certamente o sobrenatural irá acontecer (Hb 11.6). 

Juvenal Oliveira

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

QUE DELICIOSA DOR



Um dos momentos mais sublimes é quando a vida gera uma nova vida dando prosseguimento a este ciclo que propicia a preservação da espécie humana na terra. O seu início é invisível e silencioso quando um dos milhares de espermatozoides vence a corrida exaustiva em direção ao óvulo, se fundindo na formação de um novo organismo chamado inicialmente de embrião. Um novo ser começa a ganhar forma, normalmente acompanhado por grandes expectativas. A mãe é a que mais sente a sua presença, os seus movimentos e o seu crescimento. A ansiedade é grande cada vez que se aproxima o grande dia, o momento de seu nascimento aguardado por toda a família com apreensão.
Principalmente na primeira gravidez há dois sentimentos que predominam a mente da futura mamãe, a alegria pela realização de um sonho que pode ter se iniciado ainda em sua infância e a angústia de um momento de dor que parece inevitável. Ah, como seria bom poder dar a luz sem ter que passar pelas dores do parto, este seria o questionamento da maioria das mulheres nulíparas. Mesmo sabendo que a dor é irrevogável, isto não lhe faz desistir de gerar um novo ser, pois acredita fielmente que a alegria proporcionada pela sua futura prole trará recompensas perpétuas e alegrias imensuráveis.
Temos vivenciado momentos de dor e sofrimento. Volta e meia vemos pedidos suplicantes de oração pelas redes sociais por cristãos perseguidos e prestes a serem mortos em lugares onde não há tolerância para com aqueles que professam tal fé. Agora recente o governo da Bolívia resolve proibir a pregação do evangelho em seu país, causando uma inquietação em toda a comunidade cristã em todo o mundo. Fico a questionar porque tanta surpresa com notícias como estas? Todos devem orar sim por toda a irmandade que passa por momentos difíceis, não obstante, é preciso compreender que estas coisas devem acontecer como um presságio da volta de Cristo.
Como é triste acompanharmos os noticiários que envolvem escândalos por parte de pressupostos religiosos. As pessoas disseminam rapidamente este tipo de informação pela internet com grande ênfase. São falsos profetas que atuam cada vez com mais frequência acompanhados de escândalos dos mais terríveis possíveis. Tudo isto traz muita confusão e faz com que muitas pessoas ou se esfriem ou se apostatem da fé por completo.
No evangelho de João, Jesus procura firmar a fé dos seus discípulos antes da sua partida enfatizando sobre tudo o que haveria de acontecer até o cumprimento da sua vitória final (Jo 6). Ele usa como exemplo a mulher que está para dar a luz e que sentirá muitas dores, entretanto, logo se esquecerá deste sofrimento pelo prazer de ver o seu filho nascer.
Portanto, amados irmãos todas estas más notícias são coisas que já estão previstas nas Escrituras. Surgimento de falsos profetas, violência, perseguição, promiscuidade, blasfêmias, incredulidade e muitas outras. Tudo isto significa que as contrações deste parto tendem a aumentar até que chegue Aquele que trará alegria para sempre. Esta dor é sinal de que as suas promessas estão se cumprindo e de que o Noivo está às portas. Maranata. Óh que gloriosa dor!!!! (Mt 24; Lc 21. 7-13; 2 Pe 2.1; 1 Ts 5. 1-14)

Juvenal Oliveira

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

CUIDADO COM A FAKE NEWS GOSPEL



Principalmente após a campanha eleitoral que elegeu Donald Trump a presidência dos Estados Unidos em 2016, as chamadas “fake news” tem assumido um papel decisivo no senário global. Esta expressão é um termo novo usado para se referir a notícias fabricadas, ou seja, falsas, com interesses escusos que teve origem nos meios tradicionais de comunicação, mas que se alastrou por toda a mídia online. No meio “evangélico” também é possível nos depararmos com muita notícia falsa acerca do evangelho apesar de toda a clareza das narrativas bíblicas, ainda que não tenha os mesmos objetivos das demais.
“Pare de sofrer”, é uma expressão utilizada por alguns seguimentos com o intuito de atrair fiéis que não possuem qualquer conhecimento sobre o evangelho. Dente tantas outras, esta, com certeza, pode ser classificada como uma fake, pois a proposta de Jesus para aqueles que o seguem nunca foi isentar-lhes totalmente do sofrimento, mas garantir-lhes a vida eterna mesmo que tenham que padecer neste mundo (Jo 16.33; Mt 16.24; At 14.22; Fl 4.12; Ap 2.3; 2Tm 2.3, 3.11).
“Não tem nada a ver”, outra expressão que vem ganhando cada vez mais simpatizantes e traz uma ideia de um evangelho libertino onde se pode fazer de tudo e acaba igualando os “cristãos” aos incrédulos. O cristão não precisa ter em mãos uma relação de coisas e comportamentos que deve ou não fazer mesmo que não estejam claramente descritas na Bíblia, pois se a pessoa estiver em plena comunhão com Deus, o Espírito Santo irá constrangê-la a deixar de lado tudo aquilo que desagrada ao Pai. Esta expressão é mais um “fake gospel”, pois Jesus enfatizou que a porta que conduzirá alguém a salvação é estreita e largo o caminho que conduzirá a perdição (Mt 7.13; 1 Co 6.12; 1 Jo 2.15).
“Os patriarcas foram homens muito ricos, por isto, Deus quer que nós também sejamos”. Este é apenas um dos argumentos utilizados para aqueles que defendem a chamada Doutrina da Prosperidade, outra fake que não tem nenhum fundamento bíblico. O personagem central da Bíblia é Jesus que nasceu de uma família pobre, numa manjedoura; combateu veementemente os judeus que o viam como um Rei meramente terreno enquanto afirmava que o seu reino não era deste mundo; nunca ostentou qualquer riqueza, pelo contrário, disse que não tinha lugar onde reclinar a cabeça (Jo 18.36; Lc 2.7, 9.58, 12.18-21, 16; Mc 10.25; Mt 19.23-24).
Poderia aqui citar outras dezenas de “fake news gospel”, mas, o intuito aqui não é este e sim de alertar a todos contra este veneno que tem tirado a muitos do Caminho. E, como se vacinar contra este vírus satânico? Combater a “fake gospel” é muito mais fácil que combater as demais fake, pois só temos uma fonte de consulta a fim de verificarmos a veracidade dos fatos e ensinamentos, a Bíblia. Pode ser o homem com o maior currículo em termos de fé e religião, se tentar ensinar algo que não tenha respaldo na Palavra, que seja considerado como anátema. Diga não a “fake gospel”, leia, medite, estude e viva as Sagradas Escrituras, nossa única regra de fé e prática (Mt 22.29; At 17.11; Gl 1.8; Ap. 22.18-19; 2 Tm 2.15; 1 Jo 4.1).
Sola Scriptura!!!

Juvenal Oliveira