terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O PREÇO DA FELICIDADE



Normalmente se condiciona a felicidade plena ao montante de riquezas que alguém possui. Mas, será isto verdade? Teria o dinheiro este poder de satisfazer todas as necessidades dos seres humanos ao ponto de torna-los realizados? É óbvio que ele é indispensável numa sociedade capitalista e realmente realiza os sonhos de muita gente, entretanto, não se pode lhe atribuir, exclusivamente, a receita para a felicidade. Existem pessoas que parecem ricas, sem nada possuírem e outras que parecem pobres apesar de terem muitas riquezas, disse o grande sábio Salomão que por sinal foi um rei muito rico, ou seja, era alguém que falava com muita propriedade (Pv 13.7).
Contra fatos não há o que se argumentar. Será citado aqui o testemunho de um homem chamado Zaqueu (Lc 19 1-10). Ele exercia a função de chefe dos cobradores de impostos e fazia parte da grande elite judaica da sua época. Aparentemente tinha tudo, entretanto, apesar de toda a sua riqueza, aquele homem era pobre de espírito. Possuía algumas lacunas na alma que todo o seu dinheiro não era capaz de preencher. Quando soube que Jesus estava na cidade, correu imediatamente na esperança de ter a sua vida transformada, pois chegara aos seus ouvidos a sua fama: Os paralíticos andam; os cegos voltam a enxergar; os mortos ressuscitam; os aprisionados são libertos, enfim, uma multidão de pessoas são impactadas e transformadas por este Homem-Deus (Mt 4.24, 11.5, 15.30).
Zaqueu estava tão desesperado, talvez pelo grande vazio existencial, fruto de uma vida sem Deus, que o impulsionou a vencer a barreira da multidão que cercava o Mestre, subindo numa árvore a fim de atrair a sua atenção. Jesus contrariando a todos os críticos de plantão, afinal de contas, Zaqueu não tinha uma boa reputação por ser um homem corrupto e poderia “queimar o seu filme”. Mais uma vez Jesus prova para todos que não faz acepção de pessoas; que não está interessado em nos acusar pelos erros cometidos no passado; que os seus olhos focam não na aparência, mas no coração e que estará sempre disposto a nos dar uma segunda oportunidade. Jesus conseguiu ver em Zaqueu aquilo que ninguém jamais enxergou. Ele viu um coração contrito, sedento, arrependido, disposto a mudar de atitudes e a rever os seus conceitos.
Portanto, assim como Zaqueu existem milhares de pessoas que depositaram toda a sua expectativa de felicidade nos bens materiais e, acabaram se frustrando, pois o dinheiro pode até saciar-lhe o corpo físico pelo conforto, segurança, entretenimentos diversos, etc., não obstante, é impotente diante das necessidades mais profundas da alma que só serão supridas plenamente por aquele que tem todo o poder nos céus e na terra, Jesus Cristo de Nazaré (Mt 11.28-30; Ap 3.20; Jo 7.38; Ap 7.16-17).

Juvenal Oliveira

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