Obras inacabadas não são coisas raras de se
ver. Existem milhares de projetos que nunca saíram do rascunho; cursos que
nunca foram concluídos; métodos que jamais foram aplicados. Uma infinidade
de sonhos que tinha tudo para se tornar realidade, não obstante, continuam
apenas na fértil imaginação humana e não fazem diferença alguma.
Às vezes quando olhamos para alguns personagens
que se destacaram na história por contribuírem expressivamente para o avanço sociológico,
costumamos imaginar alguém que venceu sem dificuldade alguma; alguém que tinha
um DNA sobrenatural, imune a fraquezas, desânimos e fracassos. Ledo engano!
Apesar de existirem pessoas com um quociente de inteligência acima da média,
isto não significa que elas sejam imunes aos sentimentos e emoções intrínsecas aos
demais seres humanos. Ninguém consegue atingir a constância na sua totalidade.
Assim como existem dias ensolarados, nublados, chuvosos e tempestuosos, isto
também ocorre com as nossas emoções. Por mais forte e resiliente que alguém
possa ser, a chuva também poderá atingir a sua cabeça.
A grande questão não está nas ondulações das
emoções, mas, nos seus altos índices de curvaturas, ou seja, o problema não é
sermos, mas, o quanto somos inconstantes. Existem pessoas que mudam de ideia e
humor a cada segundo e não se firmam em nada. Pessoas que já mudaram de curso
na faculdade dezenas de vezes e não conseguem concluir nenhum deles.
Acredito que um grande aliado para vencermos
as instabilidades da vida, seja a motivação. O que fará alguém vencer a si
mesmo e todas as suas limitações senão aquilo que ela almeja ardentemente? E,
não adianta negarmos, todos caminham com algum tipo de motivação. Por mais
simples que ela pareça ser, é o combustível diário que nos faz seguir em
frente.
Não é diferente em se tratando de fé. Existem
pessoas que oscilam demais por não conseguirem visualizar com clareza o que as motivam.
Gente que caminha sem saber para onde quer ir; que só consegue enxergar o
presente; gente que é “Maria vai com as outras”, que não pensa, só imita; gente
confusa. Tiago em sua epístola exorta os cristãos do seu tempo a deixarem a volatilidade;
estarem cientes de que as provações são necessárias, pois é através delas que
se tornarão perseverantes, maduros e calejados (Tg. 1.2-8). Tendo como fator
motivacional algo que nunca perecerá, neste caso, a vida eterna com Deus em um
lugar simplesmente magnífico (Fl 3.12-14; ICo 15.58).
Por isto, afirmo que vale a pena lutarmos
contra as curvas mais acentuadas da nossa inconstância e prosseguirmos firmes,
sem vacilar, rumo ao nosso alvo, o céu.
Soli Deo Glória!!
Juvenal Mariano de Oliveira Netto
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