quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

MENSAGEM DE FIM DE ANO 2017/2018


Cada minuto que passa é um milagre que não se repete. Esta frase era muito disseminada na antiga rádio relógio do Rio de Janeiro e nos faz refletir sobre a importância de valorizarmos o tempo que temos.  

Mais um ano está se findando, para uns é um momento de pura nostalgia onde as lembranças borbulham no cérebro; os bons momentos são lembrados com a triste sensação de saber que nunca mais serão experimentados novamente, já os ruins trazem o fel da dor que teima em incomodar novamente, momentos que deveriam ser deletados da memória para sempre, mas insistem em assombrar, principalmente nestas horas. Para outros é um momento de pura expectativa e euforia, onde a ansiedade é tanta com os sonhos projetados para o novo ano que o passado já está arquivado e zipado e só será acessado em caso de extrema necessidade. Já para alguns é indiferente, onde não há planos, sonhos, metas, planejamentos ou sequer expectativa alguma. Apenas mais um ano e só. A mesma rotina de sempre.  
Não devemos perder tempo relembrando as dificuldades ou momentos de triunfo vividos em 2017 apenas por um saudosismo barato. Se tivermos que relembrar algo deve ser com uma motivação escusável para rever os planos, corrigir erros ou até mesmo para nos manter no caminho certo, senão, não vale a pena.
Não devemos supervalorizar este momento, pois é apenas uma transição imposta por um calendário. Devemos encará-lo como um simples “pit stop” a ser utilizado para reabastecimento de ânimos, fé e esperança; recalcular as metas e focar no objetivo. Não existe magia alguma no réveillon, como alguns acreditam. Deixemos a superstição de lado e avancemos determinados a vencer os desafios do porvir. Se quisermos buscar as soluções e ajuda no mundo espiritual, então, temos que buscar algo mais confiável, que tal na Bíblia, e, jamais nos eximirmos da responsabilidade que temos em dar o melhor de nós mesmos e não ficarmos achando que tudo irá cair do céu “de mão beijada” sem esforço algum como num passe de mágica.
Tenhamos uma visão realista/otimista, ou seja, a noção da realidade em que vivemos com todas as implicações conjunturais, econômicas e sociológicas, no entanto, sem perdermos a confiança de que a tempestade que surge tende a passar com a mesma rapidez e que dias melhores poderão surgir brevemente.
Não queiramos tentar fazer tudo sozinhos, incluamos em nossos planos sempre a possibilidade de obtermos a ajuda de alguém. Somos seres sociáveis e precisamos disto para a nossa sobrevivência. Jamais deixemos Deus de fora, pois isto seria uma tolice, o prenúncio da nossa derrocada. Ele precisa ter a primazia, pois nada acontece sem o seu aval.
Vamos aproveitar melhor o tempo que temos, tratando-o como relíquia. Amemos mais, beijemos mais, abracemos mais, nos doemos mais, perdoemos mais, sorriamos mais. Sejamos pessoas melhores para construirmos um mundo melhor.
Que Deus nos abençoe neste novo ano, concedendo-nos a sua proteção, provisão e direção a fim de cumprirmos os seus desígnios e que a graça superabundante de Cristo Jesus permaneça para sempre, tornando-nos por seu intermédio, mais que vencedores.

Feliz 2018!!!!
São os sinceros votos de Juvenal e família a todos os nossos amigos.



sábado, 23 de dezembro de 2017

NATAL: SUBLIMIDADE AO ALCANCE DE TODOS



Infelizmente nem tudo de bom que está ao alcance dos homens é devidamente desfrutado. Os seres humanos foram criados por Deus com liberdade para fazerem as suas próprias escolhas sejam elas boas ou ruins (Dt 11.26-28). Mesmo que alguém considere algo excelente para a vida do outro, jamais poderá obriga-lo a aceitar ou a usufruir.
O profeta Isaías disse que todo o povo andava em trevas, mas chegaria um dia em que a luz haveria de dissipá-la (Is 9.2,6). Chegaria um dia em que o homem teria a chance de optar entre permanecer na escuridão ou andar em plena luminosidade. Este dia chegou quando uma virgem chamada Maria deu a luz a um menino há cerca de dos mil anos atrás na cidade de Belém da Judéia (Lc 2.10-12; Mt 2.1).
O mundo continua em trevas, os brasileiros que o digam, com uma das maiores taxas de homicídios do mundo; liderando o ranking da corrupção que atinge todas as camadas da sociedade; uma crise ética e moral que alcança níveis cada vez mais assustadores; um número alarmante de viciados em drogas lícitas e ilícitas, verdadeiros zumbis ambulantes. Mas tudo isto não significa que Deus tenha abandonado a criação. Na maioria das vezes é consequência das más escolhas da humanidade que virou as costas para Ele (Rm 1.20-32). Diferente do Diabo que a Bíblia diz que é ladrão e salteador, o Senhor não nos obriga a fazermos absolutamente nada. Ele apenas abre a porta e nos convida a entrar como um dócil cavalheiro (Ap 3.20).
O Natal é um momento muito oportuno para a humanidade se lembrar de que Jesus nasceu com uma missão muito especial, trazer redenção para um mundo decaído, sentenciado a escuridão eterna (Lc 19.10). Quando Ele nasceu abriu o portal para que o homem gozasse de coisas “sublimes”; veio oferecer a sua paz, que excede todo o entendimento humano e que o mundo jamais pode dar (Jo 14.27); veio oferecer dignidade a todos àqueles que vivem a margem da sociedade se alimentando de “migalhas” que o Diabo faz parecer manjares (Lc 18.35-43); veio curar toda a sorte de enfermidades sejam elas de ordem física, emocional ou espiritual, com a única condição da fé depositada nEle (Mt 9.35, 15.31; Lc 6.19); veio libertar os cativos, uma grande massa presa aos vícios, dinheiro, relacionamentos, etc. (Lc 8.26-36); veio oferecer o amor verdadeiro, sem interesses, incondicional, capaz de perdoar quantas vezes se fizer necessário e que abrange a todos indistintamente (Jo 3.16; 1Jo 4.16; Ef 2.4-6); veio conceder a oportunidade de salvação a todos os homens que o reconhecerem como o Messias, a mais sublime de todas (Lc 19.9; 1Ts 5.9; 2Tm 2.10; Hb 9.28; Rm 1.16).
Assim sendo, cada Natal torna-se um momento ímpar para cada um refletir sobre esta realidade, que só terá sentido se Jesus nascer também em nossos corações, aí estaremos prontos a gozar de tudo aquilo que só Ele sendo Deus pode nos oferecer gratuitamente. A decisão é toda nossa.
Um Feliz Natal a todos os meus amigos!!!

Juvenal Oliveira

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O PREÇO DA FELICIDADE



Normalmente se condiciona a felicidade plena ao montante de riquezas que alguém possui. Mas, será isto verdade? Teria o dinheiro este poder de satisfazer todas as necessidades dos seres humanos ao ponto de torna-los realizados? É óbvio que ele é indispensável numa sociedade capitalista e realmente realiza os sonhos de muita gente, entretanto, não se pode lhe atribuir, exclusivamente, a receita para a felicidade. Existem pessoas que parecem ricas, sem nada possuírem e outras que parecem pobres apesar de terem muitas riquezas, disse o grande sábio Salomão que por sinal foi um rei muito rico, ou seja, era alguém que falava com muita propriedade (Pv 13.7).
Contra fatos não há o que se argumentar. Será citado aqui o testemunho de um homem chamado Zaqueu (Lc 19 1-10). Ele exercia a função de chefe dos cobradores de impostos e fazia parte da grande elite judaica da sua época. Aparentemente tinha tudo, entretanto, apesar de toda a sua riqueza, aquele homem era pobre de espírito. Possuía algumas lacunas na alma que todo o seu dinheiro não era capaz de preencher. Quando soube que Jesus estava na cidade, correu imediatamente na esperança de ter a sua vida transformada, pois chegara aos seus ouvidos a sua fama: Os paralíticos andam; os cegos voltam a enxergar; os mortos ressuscitam; os aprisionados são libertos, enfim, uma multidão de pessoas são impactadas e transformadas por este Homem-Deus (Mt 4.24, 11.5, 15.30).
Zaqueu estava tão desesperado, talvez pelo grande vazio existencial, fruto de uma vida sem Deus, que o impulsionou a vencer a barreira da multidão que cercava o Mestre, subindo numa árvore a fim de atrair a sua atenção. Jesus contrariando a todos os críticos de plantão, afinal de contas, Zaqueu não tinha uma boa reputação por ser um homem corrupto e poderia “queimar o seu filme”. Mais uma vez Jesus prova para todos que não faz acepção de pessoas; que não está interessado em nos acusar pelos erros cometidos no passado; que os seus olhos focam não na aparência, mas no coração e que estará sempre disposto a nos dar uma segunda oportunidade. Jesus conseguiu ver em Zaqueu aquilo que ninguém jamais enxergou. Ele viu um coração contrito, sedento, arrependido, disposto a mudar de atitudes e a rever os seus conceitos.
Portanto, assim como Zaqueu existem milhares de pessoas que depositaram toda a sua expectativa de felicidade nos bens materiais e, acabaram se frustrando, pois o dinheiro pode até saciar-lhe o corpo físico pelo conforto, segurança, entretenimentos diversos, etc., não obstante, é impotente diante das necessidades mais profundas da alma que só serão supridas plenamente por aquele que tem todo o poder nos céus e na terra, Jesus Cristo de Nazaré (Mt 11.28-30; Ap 3.20; Jo 7.38; Ap 7.16-17).

Juvenal Oliveira

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

QUAL O SEGREDO DA BÊNÇÃO?


Tem sido cada vez mais usual o emprego da palavra bênção, até mesmo por aqueles que se dizem ateus ou sem religião talvez pela grande influência dos cristãos. Definindo de forma clara e objetiva, bênção é algo que propicia o bem-estar ou a felicidade do homem. Infelizmente, nos últimos anos ela ganhou uma conotação restrita, sendo empregada apenas no sentido material; receber uma bênção significa muito mais do que prosperar financeiramente ou adquirir algum bem. Certo é que todos almejam ser felizes e aí, vem a seguinte pergunta: O que fazer para conquista-la?
Davi foi o rei que obteve a maior proeminência na história do povo de Israel e, como o homem segundo o coração de Deus, compreendia como  ninguém o significado da bênção (ISm 13.14). Assim que assumiu o trono mandou buscar a Arca da Aliança que se encontrava na casa de Abinadabe, na cidade de Gibeá (IISm 6.1-3). A Arca simbolizava para os judeus a presença de Deus no meio deles, protegendo, suprindo, curando e lhes dando direção. Era a bênção na sua mais abrangente definição e Davi não abriria mão dela. Só que para obtê-la não poderia ser de qualquer jeito.
Existia todo um cerimonialismo estabelecido pelo próprio Deus para conduzir a Arca, mas os homens que Davi enviou para busca-la foram negligentes e um deles chamado Uzá colocou a mão na Arca para evitar que ela caísse, sendo fulminado imediatamente. A Bíblia diz que neste momento Davi temeu a Deus (II Sm 6.9). Aí está o primeiro princípio de quem quer ser abençoado por Deus. Na atualidade os homens tem perdido este temor, tratam a Deus como se trata a qualquer mortal. Ele é amoroso, misericordioso, amigo, mas estes atributos não nos eximem da responsabilidade de o reverenciarmos como o Criador de todas as coisas, o Rei dos reis e Senhor dos Senhores (Fl. 2. 9-13). Um dos sinais de alguém que perdeu o temor a Deus é quando banaliza o pecado.
A Bíblia afirma que logo em seguida a Arca foi levada para a casa de Obede-Edom, lá permanecendo durante três meses. Neste período Obede foi tremendamente abençoado por Deus. A notícia se propagou rapidamente e chegou ao palácio real. Davi mandou buscar a Arca imediatamente e trazê-la para Jerusalém, pois queria governar o povo debaixo desta bênção celestial (II Sm. 6.11-12).
A Arca da aliança foi um tipo de alegoria utilizado por Deus que apontava para o seu  filho  Jesus (Hb 9). O profeta Isaías preanunciou que uma virgem conceberia e daria a luz a um menino e ele se chamaria “EMANUEL” , o Deus presente entre nós (Is 7.14).

Portanto, o segredo da bênção é fazer como Obede-Edom abrindo não apenas as portas da sua casa, mas as portas do seu coração. Jesus deve ser reverenciado e adorado, como único Deus, como consequência deste ato de fé, receberás a verdadeira bênção que é a sua proteção, cura, restauração, paz, provisão, gozo na alma, e, ainda, a maior de todas que é a vida eterna (Ap. 1. 10-18; Mt. 11.28-30; Jo. 6.35, 7.38). Que gloriosa bênção!!! 

Juvenal Oliveira

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

SERÁ QUE VALE A PENA SACRIFICAR O REBANHO EM PROL DE UMA OVELHA?

Existe uma expressão popular brasileira chamada “boi de piranha” que significa sacrificar um bem menor e de pouco valor para salvar o mais valioso. Fazendo apenas uma analogia, pois todos diante de Deus possuem o mesmo valor (Rm 2.11; IPe 1.17), pode-se afirmar que no meio da igreja tem acontecido este fenômeno de forma invertida, isto é, rebanhos inteiros têm sido sacrificados por uma única ovelha.
Pela ótica humana fazemos distinção entre líderes e liderados, clero e leigos, pastores e membros, no entanto, apesar de existirem responsabilidades distintas entre ambos, todos são ovelhas do Sumo Pastor (IPe 5.4). Nesta linha de raciocínio, pode-se afirmar que por mais numerosa que seja a igreja, o seu Pastor diante do Eterno não passa de mais uma ovelha com a única diferença da missão que cumpre.
Exercer o ministério pastoral é um privilégio extraordinário para um seleto grupo, mas, não deve ser algo fácil, pelo contrário, deve ser extremamente desafiador e a prova disto são as estatísticas acerca daqueles que o deixam, adoecem ou, ainda pior, adoecem e teimam em permanecer a frente mesmo assim. O Diabo é um ser espiritual, dotado de um poder considerável, estrategista e sabe que ao atingir os líderes, automaticamente, vai destruir multidões como efeito dominó, por isto sua artilharia pesada será sempre em cima destes.
Muitos líderes têm adoecido no meio do caminho. Alguns sucumbiram pelo poder do pecado; outros foram vencidos por enfermidades físicas e emocionais, como ansiedade, depressão e, até síndrome do pânico; e há ainda aqueles que simplesmente perderam a visão de ministério, talvez por uma chamada equivocada, conduzindo a noiva de Cristo como um mero emprego e sem muito envolvimento com as pessoas.
Todos os cristãos passam por lutas e estão sujeitos à queda diariamente, assim acontece também com os líderes ( ICo 10.12). Muitos deles começaram bem, mas, durante a sua jornada, alguma coisa aconteceu que o tornou incapaz de cumprir eficazmente o seu ministério. O que fazer com esta ovelha ferida que teima em estar à frente do rebanho? Tendo em vista que está enferma, teria ela condições de continuar a frente? De conduzir o rebanho em segurança e bem nutrido? Estas perguntas devem ser levadas muito a sério pela própria igreja a qualquer indício de enfermidades por parte de líderes, que não significa, em hipótese alguma, que eles devem ser descartados ou abandonados e, sim, retirados da linha de frente, temporariamente, a fim de poderem receber os primeiros socorros até que estejam novamente em condições de desempenharem os seus ministérios.
Resolvi escrever sobre este assunto depois de ter passado por esta triste experiência por pelo menos três vezes em “igrejas” diferentes. Vendo com lágrimas nos olhos o rebanho esmorecendo e encolhendo; famílias inteiras e amadas indo embora e portas quase se fechando; obreiros experientes e ativos se tornando crentes de banco. O problema se agiganta porque é tratado de forma paliativa; demoramos muito em tomar uma decisão e mesmo que tenha de ser cirúrgica e dolorida, tem por finalidade a cura de ambos; deixamos que o sentimento de amizade, carisma e até de compaixão, dentre outros, nos impeça de decidirmos de maneira racional e Bíblica (Ez 34. 1-10).
O resultado desta imaturidade, complacência ou omissão não sei, Deus o sabe, diante de tão grave problema é o sacrifício de todo um rebanho por uma única ovelha, que só precisaria ser tratada longe das linhas de frente inimigas e o fim acaba sendo o fracasso de todos.
Portanto, diante de uma situação tão complexa e traiçoeira não devemos hesitar em substituir rapidamente um obreiro que não esteja em condições de conduzir o rebanho antes que seja tarde demais e as portas já estejam se fechando, pois é mais prudente cuidar de um único soldado a ter que perder um exército inteiro.

Juvenal Oliveira

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

MAIS INTENSO QUE O “IRMA”

Recentemente um furacão categoria cinco atingiu parte da América Central e o estado da Califórnia, nos Estados Unidos, trazendo pânico e causando morte e muita destruição. “Irma” foi o nome dado a este terrível temporal, com ventos que ultrapassaram os 250 km/h. Pelos vídeos divulgados nas redes sociais é possível imaginar os momentos de desespero que aquelas pessoas passaram.
Milhares de pessoas pelo mundo afora são assoladas diuturnamente por um tipo de tormenta ainda pior que o “Irma”. A diferença é que esta não pode ser detectada pelos satélites; não chama tanto a atenção da grande mídia; os estragos nem sempre são perceptíveis a olho nu; diferente das usuais não tem hora certa para começar e muito menos para terminar, pois estas podem ser previstas com antecedência e monitoradas.
No evangelho de Marcos é narrada uma grande experiência vivida pelos discípulos de Jesus. Eles obedecendo a uma ordem do Mestre entraram no barco rumo a Gadara e, subitamente, foram atingidos por uma grande tempestade que os deixou em pânico (Mc 4.35). Alguns pontos devem ser observados atentamente aqui. Primeiro, a maioria daqueles homens eram exímios pescadores e acostumados a mares bravios e ventos fortes. Segundo, eles já tinham testemunhado inúmeros milagres de Jesus e sabiam quem Ele era, logo, não havia motivo plausível para tamanho desespero.  
Enquanto o vendaval atingia aquele barco ao ponto de pensarem que naufragariam, Jesus estava dormindo tranquilamente, ou seja, as circunstâncias externas não eram capazes de tirar-lhe a tranquilidade. Qual a diferença entre o comportamento de Jesus e o dos seus discípulos se ambos estavam no mesmo barco? No caso dos discípulos, a tempestade atingiu em cheio não apenas o barco, mas também os seus corações, deixando-os desesperados, sem controle, com um medo exorbitante, dominados pelas emoções negativas, apesar de todas as atenuantes.
As piores intempéries não são as externas, mas as do coração que ditam o proceder de cada um em meio às turbulências da vida. O mundo pode estar desabando sobre a sua cabeça, mas se a sua alma estiver em paz, esta tempestade não passará de um pingo d’água. Por outro lado existem pessoas a beira da loucura, apesar de estarem diante de um dia ensolarado e tranquilo, pois a sua tormenta é interior e muitas vezes imaginária (Sl 109.22).

A boa notícia para quem vier a sofrer este tipo de furacão é que Jesus tem poder para fazê-lo cessar (Mt 28.18). Quando Ele é acordado pelos seus discípulos, intervém dando ordem ao mar e ao vento, fazendo bonança (Mc 4.39). Jesus acalmou não apenas a tempestade que atingia o barco, mas a que atingia o coração dos seus discípulos, fazendo-os confiar e descansar naquele que tem todo o poder no céu e na terra (Mc 4.41). Existem momentos na vida em que somente Ele pode acalmar as tempestades que se formam nas profundezas de nossa alma (Sl 9.9, 35.17, 42.11, 46.1; Mt 11.28-30).
Deus abençoe a sua vida!
Juvenal Oliveira

sábado, 11 de novembro de 2017

A SABEDORIA SOBREPUJA O CONHECIMENTO


Todas as pessoas sábias possuem algum tipo de conhecimento, mas nem todos aqueles que possuem conhecimento podem ser consideradas sábias. O conhecimento deve ser buscado incansavelmente; ele traz progresso e facilita muito a vida daqueles que o buscam, pois lhes proporcionará à oportunidade de terem suas necessidade supridas e, consequentemente, poderem aproveitar melhor tudo aquilo que uma sociedade capitalista pode oferecer. O conhecimento sempre virá de alguma doutrina, pensamento, filosofia, etc., já existente.
Já a sabedoria é capaz de levar o homem além das fronteiras do capitalismo; ela transcende o mundo físico e todas as limitações científicas e sociológicas; é capaz de proporcionar qualidade de vida, na sua essência, que independe de bens conquistados e de altas contas bancárias, pois existem outros parâmetros a serem levados em conta como saúde física, mental, emocional e espiritual; ela é capaz de marcar para sempre o nome de pessoas na história, precursores de um conhecimento nunca alcançado até então e que poderá trazer incontáveis benefícios às gerações vindouras.  
Tiago afirma que aquele que necessita de mais sabedoria, deve pedir a Deus (Tg 1.5). Segundo Tiago, aquele que se considera sábio deve abominar qualquer tipo de sentimento ambicioso e egoísta, bem como a inveja. Sentimentos e atitudes propícios de pessoas inseguras, presunçosas, arrogantes e facciosas, que causam toda a sorte de males. A esta sabedoria, ele chama de terrena e diabólica, portanto falsa (Tg 3.14-15).
A verdadeira sabedoria traz consigo algumas características que lhe são peculiares. Aqueles que a alcançam serão dotados de um coração puro; tudo o que fazem será visando o bem comum, ou seja, se alegram demasiadamente com a felicidade e o bem estar de outrem; serão propagadores incansáveis da paz; se desviarão dos extremos, pois reconhecem que a solução brotará sempre de decisões e comportamentos equilibrados; serão pessoas sempre tratáveis, isto é, estarão sempre prontos a ouvir conselhos; estarão sempre abertos a mudanças; jamais desprezarão a repreensão, conselho ou crítica, pois entendem que isto tudo contribuirá para o seu amadurecimento; reconhece que é falho e imperfeito, por isto, sempre usará de misericórdia com as pessoas que o cercam. Ele não apenas fala, ele demonstra e faz; ao invés de julgar, procura ajudar; ele não apenas aponta o caminho, mas vai à frente indicando a direção correta a ser seguida. Ele nunca faz nada esperando reconhecimento e jamais se auto-intitula, não obstante, será sempre reconhecido pelos excelentes frutos que apresentará (Tg 3.17).
Além de tudo isto, o verdadeiro sábio dará crédito a Bíblia e procurará fazer tudo de acordo com os seus ensinamentos, pois ela tem poder para salvá-lo através da confissão de fé em nosso senhor Jesus Cristo (Tg 1.21; 1Co 1.21; 1Tm 1.15; 2Tm 3.15).
       

Soli Deo glória
Juvenal Oliveira

domingo, 29 de outubro de 2017

UMA IGREJA REFORMADA PRECISANDO SER REMODELADA

No dia 31 de outubro do ano corrente completa-se meio milênio da chamada reforma protestante quando o monge Martinho Lutero fixou nas portas da igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha, as suas 95 teses contrárias à doutrina da sua igreja na época.
Os princípios fundamentais da reforma protestante estão baseados em cinco pilares: No latim, chamados de Sola Fide (somente a fé), Sola scriptura (somente as escrituras), Solus Christus (somente Cristo), Sola Gratia (somente a graça) e Soli Deo Glória (glória somente a Deus).
Os reformadores foram teólogos que chegaram à conclusão de que a igreja estava caminhando distante das verdades contidas nas Sagradas Escrituras e que deveriam retornar a ela e ao centro da vontade de Deus. 
Fazendo uma análise panorâmica desta igreja hoje no Brasil, chega-se a triste e lamentável constatação de que ela precisa ser reformada novamente. É Preciso rever os mesmos princípios que levaram aqueles corajosos cristãos a enfrentarem um poderoso sistema religioso que poderia, inclusive, sentencia-los a morte.
Sola Fide – Princípio de que o homem não é salvo pelas boas obras, mas somente pela confissão de fé em Cristo. Realmente este ensinamento tem base bíblica, não obstante, não podem negligenciar as chamadas “boas obras”. Muitos cristãos protestantes simplesmente não se importam com as obras sociais e utilizam como desculpa ou escudo a interpretação de forma equivocada da salvação por intermédio da fé. Tiago afirma que aquele que não estende a mão ao seu próximo está vivendo um tipo de fé equivocada, falsa. O cristão não pode deixar de fazer “boas obras”. Não com o intuito de ser salvo, mas, como fruto desta fé autêntica que possui no senhor Jesus, fazendo-o amar ao seu próximo como a si mesmo (Ef 2. 8-10; Tg 2. 14-18).
Sola Scriptura – Princípio que a Bíblia é a única palavra autorizada e inspirada por Deus e é a única fonte para a doutrina cristã, sendo acessível a todos. Apesar de se ouvir em muitas igrejas reformadas que a Bíblia é a sua única regra de fé e prática, não é exatamente isto que se vê na prática. O que se vê são líderes interpretando-a a seu bel- prazer com interesses duvidosos. Decisões tomadas em Assembleias atropelando os princípios bíblicos com o argumento de uma suposta “soberania da igreja”, se baseando em Estatutos e Regimentos Internos colocando-os em pé de igualdade com a Bíblia. Profecias aceitas como verdades absolutas mesmo sendo discordantes da Palavra (1Co 14.3). Ainda há aqueles que utilizam como parâmetro para a igreja, variadas literaturas contemporâneas de autores renomados como se inspiradas fossem, tudo em busca do “sucesso”. (Gl 1.8, 2Pe 1.20-21; Ap 22.18-19; Jo 17.17; 2Tm 3.14-17)
Solus Christus – Princípio que Cristo é o único mediador entre Deus e a humanidade e que não há salvação através de nenhum outro. Há um grupo no meio desta igreja que tem se inclinado demasiadamente aos costumes judaicos e vem utilizando o Antigo Testamento e os seus personagens como principal regra de fé em detrimento dos ensinos do próprio Cristo (Rm 10.4). Em alguns lugares apesar de ser utilizado a todo o instante o nome de Jesus, entretanto, parece se referirem a um homônimo, pois ensinam doutrinas que em nada se parecem com as do Mestre dos mestres. (Fl 2.10; At 4.12; 1tm 2.5; Rm 10.9)
Sola Gratia - Princípio de que a salvação vem por graça divina ou "favor imerecido" apenas, e não como algo merecido pelo pecador (Ef 2.8-9). O apóstolo Paulo foi mal interpretado por alguns cristãos de sua época quando falava sobre “graça”. Achavam que estava sendo liberal demais. Da mesma forma a igreja da atualidade tem confundido liberdade e graça com libertinagem e liberalismo. Realmente a salvação é através da infinita graça de Deus, entretanto, isto não exime o pecador da responsabilidade de ter que se arrepender e mudar de vida ao se render à Cristo (Jo 8.11; 2Co 5.17; Gl 6.15). Hoje tudo é aceitável no meio da igreja com um discurso de que “estamos vivendo no período da graça” (Gl 5.13-25).
Soli Deo Glória – Princípio de que toda a glória é devida somente a Deus, pois a salvação é realizada unicamente através de sua vontade e ação. A igreja nos últimos anos vem supervalorizando rótulos denominacionais e seus líderes, muitas vezes desviando a glória que deve ser dada única e exclusivamente ao Eterno (Is 42.8; Rm 11.36).
Existem ainda outros pontos importantes a serem revistos pela atual igreja reformada, mas, será mencionada aqui somente a questão da volta disfarçada das indulgências. A ênfase ao dinheiro, a dízimos e ofertas tem crescido assustadoramente, sendo motivo de escândalo para o evangelho de Cristo. A chamada “doutrina da prosperidade” vem ganhando terreno e conquistando cada vez mais adeptos e denominações inteiras. Como um cão que volta ao seu próprio vômito, assim tem se comportado estas pessoas (Pv 26.11). Esta expressão cai como uma luva, pois da mesma forma que dá náuseas ao se ler sobre as indulgências na chamada era das trevas da igreja, no período da idade média, hoje há o mesmo sentimento ao se ver pregações apelativas sobre dízimos e ofertas partindo de pessoas mal intencionadas que querem negociar as bênçãos do Todo Poderoso (Ec 5.10; Lc 16.13; 2Co 4.16; 1Tm 6.10; Hb 13.5).
Ainda sobre a questão financeira é um verdadeiro absurdo os valores cobrados pelos cantores “Gospel” e pregadores itinerantes (Mt 10.8); Pastores presidentes com supersalários que desfilam com carros importados e recebem vantagens de país de primeiro mundo, enquanto suas ovelhas mendigam “bênçãos” dos céus. Não se faz mais nada nesta igreja simplesmente por amor, quase tudo tem que ser remunerado. O que não falta no meio dela são oportunistas, pessoas preguiçosas que enxergaram no evangelho um meio de ganhar dinheiro fácil (2Co 11.9; 1Ts 2.9; At 18.3). Sem contar o tratamento VIP oferecido por determinadas lideranças as pessoas que contribuem com altos valores; uma tremenda complacência com pessoas que podem até estar com a vida irregular que jamais serão repreendidas (Tg 2.1,9).
Por tudo isto e muito mais é possível se afirmar, categoricamente, que esta igreja intitulada protestante, reformada, precisa urgentemente ser remodelada. Esta mudança somente acontecerá através de corações humildes e totalmente submissos ao Espírito Santo; pessoas que se coloquem como um vaso nas mãos do oleiro, dispostas a serem quebradas e refeitas; transformadas em vasos de honra para a glória do nome de Jesus (Jr 18.4; 2Tm 2.20-21).

Soli Deo Glória

Juvenal Oliveira

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

COMO SERIA A FACE DE JESUS?

Apesar de sua notoriedade, sendo o homem que mais influenciou pessoas em toda a história, ninguém conseguiu registrar com definição os traços de Jesus, o nazareno. Como seria então o formato do seu rosto?  Muitas pinturas vêm sendo desenhadas por variados grupos tentando definir a sua fisionomia. E você como o descreveria?
Se tentarem fazer isto se baseando apenas nos relatos e na visão dos soldados romanos durante a sua crucificação, pintarão o quadro de um Cristo com aparência de derrotado, morto, vencido pelo poder da cruz e de seus algozes. O seu rosto deveria estar pálido pela perda excessiva de sangue e desfigurado pela coroa de espinhos e os açoites.  Esta descrição de flagelo tem recebido a aceitação por uma classe considerável de pessoas ainda na atualidade. São relatos verídicos, no entanto, não é a imagem real e final deste Homem-Deus. A cruz não foi capaz de detê-lo. Ao terceiro dia Ele ressuscitou. (Lc 24.6).
Parece também que alguns teriam utilizado os relatos de Judas Iscariotes como fonte de inspiração. A imagem desta pintura era a de alguém com possibilidade de lhes proporcionar muitos lucros. Este tipo de retrato tem recebido a simpatia de muitos, transformando a fé em um verdadeiro negócio. Esta fotografia é de um impostor, pois o verdadeiro Cristo não veio com esta finalidade, pelo contrário, se opôs veementemente as ideias daqueles que o seguiam com algum tipo de interesse terreno. Fazia questão de afirmar que o seu “reino” não era deste mundo. (Jo 18.36; 1Co 15.19).
Um terceiro grupo age como se tivessem focado apenas nos relatos das inúmeras pessoas que foram curadas fisicamente por Jesus. A sua expressão é a de um simples milagreiro ou uma espécie de curandeiro. Ele realmente tem poder para curar, entretanto, descrevê-lo desta forma, seria um enorme equivoco, pois veio com uma missão muito mais sublime: Salvar os perdidos da condenação do inferno, curando corpo, alma e espírito, ou seja, realizando uma obra completa. (Jo 6.40-55).
Neste contexto, há ainda aqueles que se identificaram com o Jovem rico narrado no evangelho de Marcos, pintam um quadro de alguém que possa lhes mostrar um caminho mais fácil (Lc 10.17-22). Estes, assim como aquele jovem querem chegar ao céu, não obstante, não querem abrir mão de determinadas coisas. O verdadeiro Cristo afirmou que a porta que nos conduzirá aos céus é estreita. (Mt 7.13-15).
Dentre tantas testemunhas oculares, quem poderia nos ajudar, e muito, a descrever os traços de Jesus seria um dos anônimos ladrões da cruz. Ele o viu de perfil no momento em que estavam pendurados na cruz, entretanto, foi capaz de enxergar algo que poucos viram. Deparou-se com a figura de um ser que o amava incondicionalmente; que era capaz de perdoar os seus pecados mais terríveis; que podia revogar a sua sentença de morte. Ele conseguiu enxergar a figura de UM GRANDE REI: “E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lc 23. 42-43)

Por isto que a Bíblia o chama de “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. (1Tm 6.15; Ap 17.14, 19.16). 

Juvenal Oliveira

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

SEM DIREITO A “PIT STOP"

Existem algumas expressões em inglês que nós brasileiros ouvimos com tanta frequência que dispensa tradução, como por exemplo, o dito “PIT STOP”. No automobilismo designa-se por uma parada durante uma corrida na área dos boxes onde se encontram as equipes e seus mecânicos, para que possam trocar de pneus e fazer o reabastecimento dos seus veículos, ou seja, significa uma parada momentânea.


Gostaria de dissertar aqui sobre a importância do “CRESCIMENTO” para a vida de todos os mortais; se buscarmos o significado desta palavra nos dicionários encontraremos definições variadas como multiplicação, desenvolvimento, evolução, etc. Desde a fecundação embrionária, passando pelo período de gestação, nascimento e chegando ao ponto final, que seria a morte, todos os homens necessitarão passar por um processo contínuo de crescimento e evolução, muitas vezes sem direito a “PIT STOP”.

O grande apóstolo Pedro em sua segunda epístola fala para um grupo de judeus cristãos sobre a necessidade de priorizarem a busca pelo crescimento espiritual: 

“Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.” (2Pe 3.18)

Serão expostos aqui alguns motivos pelos quais todo cristão deve perseguir o crescimento como meta primária para as suas vidas, independente de qualquer outro fator que possa vir a tentar esmorece-lo. 

O verbo crescer está conjugado no modo imperativo, “crescei vós”, portanto é um mandamento do Senhor para todos os cristãos, indistintamente. Não se trata de uma escolha se eu quero ou não crescer, mas uma imposição para todos aqueles que uma vez se renderam a Cristo.

A busca pelo crescimento constante na vida de todo o cristão é uma questão de sobrevivência. No momento em que ele achar que já conhece a Deus o suficiente, estará preanunciando o seu fracasso. Isto aconteceu com a igreja de Laodicéia; uma igreja que se sentia no topo, independente, abastecida por inteiro; se achando no direito de fazer um “PIT STOP”. E a palavra para aqueles cristãos foi muito dura: “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.” (Ap. 3.16)

Por fim, todo cristão precisa se conscientizar que recebeu um ministério da parte de Deus quando foi convocado para fazer parte de seu exército e que, para cumpri-lo integralmente necessitará crescer a cada dia em fé, amor, santidade, conhecimento da sua Palavra e intimidade. Nesta corrida em direção à nova Jerusalém não há tempo para “PIT STOP”. Quanto mais eu cresço em graça e conhecimento, mais ficarei parecido com meu Mestre; quanto mais eu cresço, mais de mim terá o Espírito Santo me habilitando para toda boa obra. (Mt 25.14; Jo 3.30; 2Tm 2.15, 3.14-17, 4.5)


Soli Deo Glória!

Juvenal Oliveira

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

CRIANDO RAÍZES - Amadurecendo Espiritualmente

                                                             
                             SINOPSE DO LIVRO
Em meio ao grande pluralismo religioso em que vivemos neste período pós-moderno, mais do que nunca, precisamos criar raízes espirituais a fim de não sucumbirmos e naufragarmos na fé. Neste livro trago inúmeras reflexões sobre os principais temas que envolvem a fé cristã, desde a crença inquestionável na veracidade da Bíblia, tendo-a como único parâmetro palpável acerca da comunicação entre Deus e o homem; o perigo de experimentarmos uma religiosidade vazia; o perigo dos ensinos perniciosos que tem adentrado as igrejas; a defesa de um evangelho totalmente cristocêntrico; meditações baseadas nas Sagradas Escrituras trazendo um alimento forte capaz de saciar a sede das almas mais exigentes e concluindo com mensagens sobre a razão maior da nossa fé, que é a vitória sobre a morte proporcionada por uma vida devota a Cristo.

Juvenal Oliveira

Para aquisição deste livro acesse o site: "clubedeautores.com.br" e coloque o nome do livro ou do autor.

terça-feira, 25 de julho de 2017

EM TEMPOS DIFÍCEIS A MELHOR COISA É INVESTIR

   Diante das incertezas que permeiam o mercado financeiro, aumentam proporcionalmente a preocupação com o futuro e a busca por algum investimento que possa oferecer maior confiabilidade e segurança. Daí vem a seguinte pergunta: qual seria a melhor e mais segura forma de investir o seu capital? Este assunto tira o sono de muita gente. Pessoas extremamente preocupadas com o futuro, ou melhor, aflitas em manterem um alto padrão de vida até o fim.

   Uma excelente forma de investimento é a semeadura. Com alguns grãos nas mãos um agricultor colhe uma grande safra. O seu trabalho basicamente é semear. Lançar ao solo as melhores sementes que em contato com uma terra fértil, germinará, gerando milhares de novos grãos. Agora, nem todos tem aptidão para a agricultura e, na verdade, só utilizei este exemplo para que você possa entender onde queremos chegar, pois, o sentido que quero adotar aqui para “semeadura” vai além do literal.

   A Bíblia diz o seguinte: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá.” (Gl 6.7). Esta “lei da semeadura” se aplica a todas as áreas da vida e não tem como dar errado. Quem planta feijão, não colherá outra coisa a não ser este grão.

   Os jovens que almejam um bom emprego devem observar atentamente e investirem nesta semeadura, neste caso, será a dedicação persistente aos estudos, ainda que seja preciso abrir mão momentaneamente de outras coisas. Tem gente reclamando da vida e colocando a culpa em Deus porque ganha muito pouco e não consegue um bom emprego. Ela ignorou a lei da semeadura. Gastou todo o seu tempo na juventude com entretenimento e não se preocupou em estudar. É claro que existem outros fatores a serem considerados.

   Como temos lidado com as pessoas idosas? Tem gente que pensa que nunca envelhecerá e tratam estas pessoas com desprezo. Olhe o que você está semeando, pois, poderá ter o desprazer de receber o mesmo tratamento, aí, será tarde demais para o arrependimento. Esta regra é válida não apenas para o tratamento com os idosos, mas se aplica aos demais relacionamentos (Lc 6.31; IJo 4.7; Rm 13.8).

   Que relacionamento temos desenvolvido para com Deus? Temos observado as suas orientações descritas na Bíblia? No início deste texto afirmei que este seria o melhor investimento. A lei da semeadura descrita nas Escrituras se destaca como o melhor e mais seguro investimento que o homem possa fazer uso, pois foi instituída pelo próprio Deus e os seus resultados transcendem o mundo físico (Lc 12.20). Quem as observa, e as coloca em prática, começa a colher os seus frutos ainda na terra, mas o maior resultado dela será mesmo na eternidade.

   Portanto, O conselho de Jesus para aqueles que querem garantir o seu futuro é semear, buscando a Deus em primeiro lugar e as demais coisas Ele vos acrescentará (Mt 6.33; Is 55.6; ICo 2.9; Jr 29.13; IJo 2.17; Gl 6.8-9; Sl 127.1-2).
 
Juvenal Oliveira

quarta-feira, 19 de julho de 2017

DEUS PODE PREPARAR UMA MESA NO DESERTO?

Se esta pergunta tivesse partido de um ateu ou de uma pessoa que não soubesse nada sobre Deus, seria naturalmente compreensível, mas vindo de um povo que acabara de ver coisas extraordinárias acontecerem, é, no mínimo, incongruente.
O salmista faz uma síntese do período compreendido entre a saída dos israelitas do Egito; sua peregrinação pelo deserto durante quarenta anos; a chegada à terra prometida e a divisão dela pelas doze tribos (Sl 78). O que chama a atenção neste texto é o comportamento de uma população ingrata, rebelde e incrédula que teima em arguir a Deus em tudo. Eles cometem pelo menos três grandes erros que servem de lição para nós hoje.
O primeiro erro foi não reconhecerem o que Deus vinha fazendo no meio deles. A partir do versículo onze, o salmista relata como Deus operou grandes milagres ainda no Egito, para libertá-los da escravidão que já perdurava quatrocentos e trinta anos; narra como Deus abrira o mar vermelho para que pudessem escapar do exército de Faraó e como Ele os guiava no deserto através de uma coluna de nuvem durante o dia a fim de protegê-los do sol escaldante e das altíssimas temperaturas e durante a noite com uma coluna de fogo para aquecê-los do frio intenso. Fez fluir água da rocha e pão caía do céu diariamente para alimentá-los (maná). Mas tudo isto, por incrível que pareça, ainda não era o suficiente para aqueles descrentes.
O segundo erro foi querer que tudo acontecesse do seu jeito e no seu tempo. O versículo dezoito afirma que eles tentaram contra Deus exigindo um cardápio “ao seu gosto”.
O terceiro erro (vs.19) foi limitar o poder de Deus ao fazerem a petulante pergunta se Ele seria capaz de lhes preparar uma mesa, um banquete, em pleno deserto, ou seja, colocaram em cheque um dos atributos incomunicáveis do Senhor, a sua onipotência.
Quantas vezes repetimos os mesmos erros ao ignorarmos as grandes coisas que Deus faz por nós constantemente. Talvez você neste exato momento não esteja conseguindo se lembrar de nenhuma delas também. Que tal então começar perguntando para o carteiro quando chegará a sua fatura com a quantidade de oxigênio que utilizou este mês? Quantas vezes queremos que Deus faça as coisas da nossa maneira e no nosso tempo, como Marta e Maria que disseram para Jesus que ele havia chegado atrasado. Ele jamais se atrasa, pois sabe como e quando fazer as coisas. Quantas vezes nos portamos com terrível incredulidade e duvidamos do poder do Eterno.

Finalizando, o que nos deixa perplexos é saber que Deus é pura misericórdia. O escritor diz que apesar de tudo isto, quando eles se arrependiam, Deus perdoava as suas iniquidades e não os destruía, antes desviava a sua fúria (vs. 38). Que Deus é este?! É por isto que nos prostramos e lhe rendemos glórias e aleluias, pois assim ele também age conosco diante de nossos murmúrios!!! 

Juvenal Oliveira

terça-feira, 11 de julho de 2017

A PROMESSA TRANSCENDE A LEI

A PROMESSA TRANSCENDE A LEI
A Bíblia é um livro maravilhoso e tem como finalidade mostrar ao homem o que deve fazer para se aproximar de Deus, não obstante, dela surgem também inúmeras interpretações errôneas que acabam trazendo confusão e impedindo que o homem usufrua tudo aquilo que ela lhe proporciona.
O apóstolo Paulo dá uma verdadeira aula teológica para um grupo de cristãos que havia se distanciado da verdade bíblica, os Gálatas. Pessoas que estavam confusas quanto ao que deveriam fazer para serem salvas. Esta confusão se deu pelo fato de terem se infiltrado pessoas que colocaram a autoridade apostólica de Paulo em cheque, ensinando outro evangelho que tentava trazer de volta os rituais judaicos como condicionantes para a salvação.
Paulo cita Abraão, o nosso pai na fé, afirmando que ele creu e isto lhe foi imputado como justiça e, em consequência disto, Deus lhe fez uma promessa, que através dele todas as nações da terra seriam benditas, como afirmam as Sagradas Escrituras (Gl 3.6-8). O seu descendente, Jesus Cristo, seria aquele que estenderia esta bênção a todos os povos por intermédio da fé e não pelas obras da lei ou por dogmas religiosos (Gl 3.16).
Depois da promessa feita ao pai Abraão mais de quatrocentos anos se passou, as transgressões se multiplicaram em Israel chegando ao ponto de Deus ter que estabelecer leis até que viesse o Descendente a quem se referia à promessa, Jesus de Nazaré (Gl 3.19). Moisés então recebe as tábuas da lei no monte Sinai.
As leis e os dogmas não foram capazes de justificar o homem, pois ninguém era capaz de cumpri-la integralmente, e, todos, pela lei, estariam condenados à morte (Rm 8.3; Tg 2.10).
Cristo nos redimiu da maldição da lei, fazendo-se maldição em nosso lugar, pois estava escrito que maldito seria todo aquele que fosse pendurado no madeiro (Gl 3.13).
Aleluia! Cristo foi o único que conseguiu cumprir plenamente a lei mosaica a fim de que todo aquele que nele crer seja totalmente justificado por Deus. Paulo ainda afirma para os cristãos da Galácia que toda a lei se resume em uma única coisa: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo (Gl. 14).
Portanto, amados do Senhor, tenhamos este mesmo entendimento de que jamais seremos justificados pelas obras da lei ou por aquilo que fizermos, mas, exclusivamente, pela fé em Cristo. Não uma fé morta, irracional e infrutífera, e sim uma fé verdadeira que se revelará pelo testemunho de alguém que procura imitar a Cristo em tudo, principalmente quanto ao amor incondicional ao próximo. A promessa de Deus para estes, que transcende a qualquer esforço humano e ritualista, é a vida eterna com Ele.

Juvenal Oliveira

sábado, 3 de junho de 2017

DEUS USA PESSOAS FRACAS?



Quantas vezes ouvimos as pessoas se esquivarem de responsabilidades em relação ao seu papel a desempenhar no Reino de Deus. Algumas delas argumentam que são muito fracas, falhas ou incapazes de fazer qualquer coisa em nome de Deus. Olham para aqueles que se destacam e que estão sempre trabalhando, como pessoas superdotadas de talentos espirituais ou com um grau de fé muito elevado.
A primeira coisa que precisamos avaliar é que tipos de fraquezas estas pessoas possuem? O que significa este adjetivo em se tratando de parâmetros espirituais?
De acordo com os critérios de Deus o que parece ser fraqueza aos olhos dos homens pode ser exatamente o contrário, uma força descomunal. Citando como exemplo, quatro homens debilitados pela lepra que resolveram investir contra o acampamento de um grande exército sírio e obtiveram como resultado a fuga em massa daqueles guerreiros que ouviram o som como se fosse de um numeroso e gigantesco exército (IIRs 7).
O Apóstolo Paulo afirma que Deus ao escolher pessoas para realizar a sua obra, não costuma usar como regra observar primeiramente os de “QI” acima da média; os possuidores de força física; os que demonstram ter uma grande fé ou aqueles portadores de habilidades das mais variadas possíveis.  Deus usa as coisas consideradas fracas neste mundo para confundir as fortes e as coisas loucas para confundir as sábias. Ele faz isto para que ninguém se vanglorie (ICo 1.26-29).
Ser fraco não significa ser incapaz de cumprir um chamado ou desempenhar uma atividade que traga edificação para outras vidas e, como consequência disto, a glorificação do nome de Deus. Ser frágil significa que estamos sujeitos a todo o instante a cometermos erros, a pecar, até a cair, não obstante, isto não quer dizer que seremos escravos do pecado ou da nossa debilidade.
A grande prova destas verdades foram as pessoas que Deus usou no passado para realizar milagres e proezas em seu nome, e, olha que eram pessoas consideradas desprezíveis aos olhos do mundo. Poderia enumerar aqui dezenas delas. O segredo da vitória destes frágeis homens foi obedecer à chamada e estar na total dependência de um Deus que tudo pode.
Portanto, se sentir fraco e incapaz não é motivo suficiente para nos esquivarmos da grande responsabilidade que temos de ser sal desta terra e luz deste mundo e de proclamarmos as boas novas do evangelho de Cristo Jesus a este mundo em trevas.  Façamos então o que já ordenou o Senhor no passado através do profeta Joel: “Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte." (Jl 3.10).

Juvenal Oliveira