quarta-feira, 27 de julho de 2016

JOGUE O SEU ODRE VELHO FORA



Um grande psiquiatra, escritor e conferencista chamado Augusto Cury, mundialmente reconhecido, principalmente, pelo desenvolvimento da teoria da chamada Inteligência Multifocal, afirma que é impossível apagar os arquivos da nossa mente. Segundo ele, a única forma de neutralizar aquelas lembranças que trazem algum tipo de prejuízo para a vida do homem seria sobrepujá-los ou reescrevê-los com arquivos novos que aniquilem por completo a influência daqueles.
Jesus conta uma parábola narrada nos evangelhos sinóticos falando sobre o erro de se tentar colocar vinhos novos em odres velhos, pois, se rompem os odres e se perde o vinho. O correto seria utilizar vinhos novos em odres novos e ambos se conservam. (Mateus 9.17; Marcos 2.22 e Lucas 5.37).
A interpretação mais aceita desta parábola pelos estudiosos seria a de um alerta para aqueles que queriam misturar, embaralhar os ensinamentos das leis mosaicas do Velho Testamento, conhecida como “A antiga aliança”, com os ensinamentos de Cristo, chamada de “A nova aliança”. O Antigo e Novo Testamentos se completam, entretanto, não podem ser misturados. Alguns procedimentos descritos no A.T. já cumpriram o seu propósito. Paulo Adverte a Pedro e outros discípulos por tentar misturar Judaísmo com Cristianismo. (Gálatas 2).
A ideia central e motivadora desta parábola de Jesus serve também para outras aplicações nos dias atuais.  Pessoas que continuam querendo misturar o evangelho de Cristo com práticas de outras religiões e seitas.
Existe hoje no Brasil um grande sincretismo religioso e uma das razões foi a influência recebida desde a sua colonização por outros povos, principalmente pelos africanos e portugueses e mais recente, pelos Estados Unidos. As igrejas reformadas neste país estão cheias de pessoas oriundas de outras religiões que apesar de terem recebido um ensino genuíno da Bíblia, teimam em utilizar velhas práticas, ou tentar misturá-las ao novo ensino recebido. Gente colocando vinho novo em odres velhos o tempo todo.
Tornou-se comum vermos cristãos fazendo uso de artifícios não pautados na Bíblia e a desculpa é sempre a mesma, colocar como escudo a prática da fé. Segundo as escrituras a verdadeira fé é confiar no poder de Deus sem ver absolutamente nada, nenhum objeto, nenhuma frase ou palavra mágica e nenhum ritual (Hebreus 11.1-3, 8, 27). Outro costume corriqueiro entre cristãos na atualidade é repassar mensagens pelas  redes sociais que apesar de utilizar textos bíblicos em algumas vezes, possuem certo tom de mandinga como, por exemplo: Repasse esta mensagem para cinco pessoas e serás abençoado; Repasse esta mensagem e alguma coisa neste dia vai acontecer. Meu Deus quanta ignorância (no sentido de falta de conhecimento) e o pior, às vezes adotado por pessoas que estão há anos na igreja.
Finalizando e voltando a introdução, as suas memórias do passado, antes da conversão, não podem ser apagadas; coisas que você aprendeu desde a meninice por anos afinco e por pessoas importantes. Mas elas podem e devem ser reescritas pela ação do Espírito Santo em ti, trazendo iluminação aos estudos e as meditações na Palavra de Deus, única regra de fé e prática do verdadeiro cristão. Jogue fora os seus odres velhos, representados pelos velhos ensinos, crenças, práticas milenares adotadas por estas seitas, e não tente reaproveitá-los, pois, certamente colocará em risco o vinho novo, simbolizado pela nova vida em Cristo Jesus.  (Mateus 22.29; 1.8; 2ª Coríntios 5.17; Filipenses 3. 2-11; Efésios 4.17-24).

Soli Deo Glória!!!
Juvenal Mariano de Oliveira Netto

quarta-feira, 20 de julho de 2016

É JUSTIFICÁVEL TEMER OS HOMENS?



Esta semana mais um atentado terrorista vitimou dezenas de pessoas no coração da Europa. O que as pessoas devem estar se perguntando é o seguinte: Será que existe algum lugar seguro neste planeta? A violência tem dizimado multidões mundo a fora. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), somente em 2012 foram quase quinhentas mil pessoas assassinadas no mundo e o Brasil é o país com o maior índice de mortes por arma de fogo por habitantes do mundo, somente no ano de 2014 foram quase 60 mil homicídios.
A violência que assola as comunidades globais tem causado mudanças de comportamento, fazendo com que as pessoas vivam cada vez mais retraídas, desconfiadas e isoladas. Pessoas com medo de pessoas, num sentimento que parece, a priori, até irracional. Como pode os humanos se destruírem assim? Seria então justificável vivermos com tanto medo?
Pelo que foi exposto acima, diria que a maioria das pessoas com base nestas estatísticas afirmaria que há motivos suficientes para que todos se sintam inseguros e temam a violência, representada na maioria das vezes por mentes insanas, perversas, sarcásticas e insensíveis. Mentes bem vestidas por um crânio, peles aveludadas, cabelos de variados tipos, às vezes um belo rosto, e o pior de tudo, convivendo conosco e dividindo o nosso espaço e, em alguns casos, com um comportamento acima de qualquer suspeita.
Entretanto, alguém ousou afirmar que ninguém deve ter medo dos homens. Ele explicou para os seus ouvintes o motivo pelo qual não deveriam temê-los. É simples, segundo Ele, o máximo que o homem pode fazer é matar o corpo físico, que, de qualquer forma, vai perecer em algum momento, isto é fato. Ele conclui o seu raciocínio dizendo o seguinte: “... temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.” (Mateus 10.28b).
Destarte, aprendamos com o Mestre dos Mestres e não invertamos o sentido das coisas, pois existem pessoas aterrorizadas pelo mal que os homens podem lhe causar. Em contra partida não demonstram nenhum temor em relação a Deus. A morte física não é um fim como muitos pensam, e sim uma passagem para outro lugar que, dependendo de nossas escolhas, pode ser o céu ou o inferno. Uma eternidade em um lugar de gozo ou de sofrimento, agonia e dor. A escolha é nossa. Medite nisto!
“E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” Apocalipse 21:6-8

Juvenal Mariano de Oliveira Netto

quarta-feira, 13 de julho de 2016

A IGREJA PRECISA TER UMA VISÃO EM 3D





Uma das inovações tecnológicas do novo século foi o surgimento das imagens em três dimensões (3D). Apesar de ter sido inventada há bastante tempo, somente nas últimas décadas conseguiu alcançar o desempenho desejado. Apesar da terceira dimensão não ser real, sendo apenas uma ilusão de ótica, ela é capaz de oferecer melhor qualidade nas imagens, tornando-as mais próximas da realidade. Existiu um homem na história antiga, para ser mais preciso setecentos anos A. C., que teve uma visão fenomenal que muito se parece com a descrição desta imagem em três dimensões.
Quanto mais se aproximam os dias da volta de Cristo para buscar os seus, mais urgente se torna o papel a ser desempenhado pela sua Igreja na terra. Para que ela possa cumprir a sua missão é mister que ela tenha uma visão diferenciada, ou melhor, ampliada.
Isaías é considerado o profeta messiânico pelas inúmeras vezes que preanunciou a vinda de Cristo. A igreja contemporânea tem muito a aprender ainda com este grande homem de Deus. No capitulo seis do seu livro ele narra uma experiência incrível que teve com o Senhor. Uma visão que abrangia três distintas dimensões. São estas dimensões que a igreja precisa alcançar nos últimos dias do fim.
Primeiro, a imagem da sua visão possuía altura. Ele vira o esplendor de Deus. Teve a sua própria experiência com o Eterno. A igreja precisa marchar em direção aos mais terríveis desafios que estão avante não baseadas apenas no que está escrito ou em experiências vividas por outros no passado ou presente. Quanto maior for a altura da imagem maior será o seu alcance, significa que quanto maior for o grau de intimidade desta igreja com o seu Noivo, maiores serão as áreas a serem impactadas por ela e maior será a sua eficácia. (Jó 42.5, 2Tm. 1.12).
Segundo, a imagem da sua visão tinha profundidade, ao ser confrontado pela santidade de Deus, ele fechou os olhos para o exterior. Fez um autoexame. Sabia que para ir adiante precisava estar preparado. Precisava passar pelo olhar misericordioso, porém, puro do Espírito Santo, dizendo-lhe sede santo assim como Eu o sou. A santidade para a Igreja não é algo opcional é condicional e Ela só conseguirá chegar neste estagio a partir do momento em que olhar corajosamente para dentro de si mesma. Quanta sujeita, ciúmes, inveja, sentimentos egoístas, mediocridade, maledicências, falta de compaixão e amor podem ser detectados, coisas que se tornam obstáculos para o agir do Senhor. Para ser tocada assim como Isaías foi, é necessário que esta Igreja enxergue a si mesma de forma corajosa. Identifique onde precisa mudar e se arrependa, deixando ser tocada também pela brasa viva do sublime altar do Pai.
Terceiro, a imagem da visão do profeta tinha largura, ele viu a humanidade perdida que precisava também experimentar desta mesma graça.
A Igreja não pode ficar acomodada nos templos esperando pelos pecadores. Tendo apenas experiências, buscando alimento e cura para si mesma. A sua visão não pode ter apenas altura (ver a Deus) e profundidade (ver a si mesma). Estas duas primeiras partes da visão deverão levá-la a uma terceira dimensão tão importante quanto as anteriores, o mundo perdido onde milhões de pessoas estão sendo sentenciadas ao inferno a cada minuto num caminho sem volta. A visão em 3D que a igreja precisa ter não deve ser um fim em sim mesmo, mas a oportunidade de, assim como Isaías, responder afirmativamente e convictamente diante de um chamado imperativo: Envia-nos Senhor a todas as nações para que o teu Reino venha sobre nós.

Soli Deo Glória!!!

Juvenal Mariano de Oliveira Netto