domingo, 31 de maio de 2015

COM ELE VOCÊ ESTARÁ SEMPRE PROTEGIDO



Estava um dia desses indo para a igreja e presenciei uma cena, a qual me chamou a atenção. Três cães atacavam um pequeno gato, enquanto tentava de todas as formas se livrar das investidas deles, até que se viu totalmente indefeso. Suas forças se esvaíram e os cães estavam prontos a concluírem sua emboscada. Não me contive em apenas observar aquela cena. Parei o carro e socorri aquele pobre gato. Os cães diante da minha intervenção se afastaram, e, finalmente, ele conseguiu escapar com vida.

Em muitos momentos das nossas vidas nos sentimos exatamente assim como aquele gatinho, cercados, encurralados, sem saída diante das ameaças dos “cães da vida”. Eles se mostram de variadas formas. Às vezes, na figura de problemas dos mais terríveis, outras, em situações inusitadas e até mesmo através de ataques diretos dos demônios. Aos olhos humanos seria impossível para aquele animal sobreviver diante de uma investida tão hostil e desproporcional, mas, em um dado instante, ouve uma intervenção salvadora e ele escapou.

Nas horas difíceis da vida em que você também vier a se sentir assim, encurralado, prestes a sucumbir, creia que Jesus, o Leão da tribo de Judá, se levantará para te socorrer e proteger. Ele também é chamado de “o bom Pastor”. Aquele que dá a sua vida pelas ovelhas desprotegidas. Por isso, se você andar com Cristo, mal algum conseguirá lhe atingir. Praga alguma chegará a sua tenda.

Juvenal Netto



JESUS E A LEI


Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Mateus 5.17
Em Jesus encontrou a Divindade o seu recipiente e veículo mais perfeito até hoje conhecido; através de Jesus se revelou o eterno “Logos” (verbo) que no princípio estava com Deus e era Deus, do modo mais puro que a humanidade conhece. A pura humanidade de Jesus não contaminou a pura revelação de Deus; em Jesus encontrou o eterno Cristo a sua manifestação mais completa e fiel.
Neste sentido diz o Nazareno: “Eu não vim abolir, mas sim levar a perfeição, a lei e os profetas”.
Infelizmente, andam por aí umas traduções inexatas que dizem “cumprir” em vez de “completar” ou “levar a perfeição”. “Tanto no original grego como na tradução latina da Vulgata está “completa”“ (em grego plerosai, em latim adimplere). Se Jesus tivesse vindo para cumprir a lei antiga, e não para lhe dar perfeição ulterior, não teriam sentido as palavras “foi dito aos antigos”; eu, porém, vos digo; seria ele um dócil discípulo de Moisés, mas não um mestre de perfeição superior.
         O que Jesus acrescenta a lei antiga é a atitude interior, ao passo que a lei antiga se contenta com atos exteriores. A lei de Moisés opera no plano jurídico horizontal, em que operam as nossas leis civis de hoje. Nenhuma autoridade judiciária condena ou absolve um réu em virtude das suas boas ou más intenções internas, mas unicamente em virtude dos seus atos externos. A alçada do magistrado humano é o foro externo, mas para Deus é muito mais importante o foro interno. O pecado não está, propriamente, no ato externo, físico, mas sim na atitude interna, moral.
         Afirma Jesus que homicida não é somente, aquele que, de fato, mata um ser humano, mas também aquele que nutre, ódio em seu coração; adúltero é também aquele que, sem cometer adultério exterior, alimenta em seu coração desejos libidinosos e por isto lança olho cobiçoso a uma mulher.
         Atos são efeitos ou sintomas de uma atitude, que é causa ou raiz. O verdadeiro médico não está precipuamente, interessado em curar os sintomas de uma doença, mas a própria raiz do mal.
         O Cristianismo de Cristo não tem por fim impedir que o homem evite apenas atos maus, ou pratique atos bons, mas sim que crie atitude má.
         Pode alguém fazer o bem sem ser bom, mas ninguém pode ser realmente bom e não fazer o bem.
         Os atos considerados em si mesmos são eticamente neutros, incolores, nem bons nem maus, que lhes confere bondade ou maldade ética é a atitude ou intenção do homem.
         Se Jesus tivesse abolido a lei antiga, que girava, sobretudo em torno de atos teria declarado inúteis os atos externos. Se tivesse apenas cumprido a lei, isto é, executado ao pé da letra aquilo que a lei antiga preceituava, teria declarado suficientes os atos externos.
         Se tivesse abolido a lei antiga, teria sido revolucionário, demolidor; se tivesse apenas cumprido a lei antiga, seria simples tradicionalista conservador. Mas como ao mesmo tempo conservou o que havia de bom na lei antiga e lhe acrescentou um novo elemento bom, é ele um verdadeiro evolucionista no terreno espiritual-moral. Sobre a base do passado e do presente, ergue o Mestre o edifício do futuro. Não basta que pratiquemos atos externamente bons, é necessário que sejamos internamente bons.


JAIRO DE SOUZA

A ARMADURA DE DEUS



Por mais que busquemos a tão almejada “paz”, as guerras fazem parte dos grandes palcos descritos pela humanidade no decorrer da história. O que muda são as intensidades nas batalhas, os motivos e os figurinistas, os quais se deslocam pelos diversos continentes. Uma coisa que nos chama a atenção são os momentos finais, onde o exército com maior superioridade precisa consolidar de vez a sua vitória. Precisa encurralar o inimigo em seu próprio território. Normalmente, esses são os episódios mais dolorosos, onde não há lugar para erros, distrações ou medo.

         Não temos autoridade bíblica para prever com exatidão o fim dos tempos, apenas sinais descritos por Jesus, como a parábola da figueira, e outros acontecimentos que marcariam os dias da sua volta (Mt 24). É notório que muitos episódios já podem ser vistos atualmente. O Senhor dos Exércitos concluirá seu plano de extinguir de uma vez por todas o mal, tipificado pelo Diabo, seus anjos rebeldes e todos os homens que negarem a Cristo (Jo 3. 16-18). Precisamos estar focados, concentrados, vigilantes, equipados e bem treinados para poder vencer. Certos de que toda a estratégia, os mais profundos segredos e as formas de como agir diante dos ataques furiosos do nosso inimigo, estão descritos na Bíblia, onde estão às coordenadas para a vitória. O único modo do Diabo atingir a Deus é derrotar a mim e a você. Ele usará toda a sua perspicácia para isso, pois sabe que jamais terá qualquer chance contra o Eterno. Por isso, não podemos brincar de ser cristãos. Nosso adversário não brinca e está ao nosso derredor, incansavelmente, rugindo como se fosse um leão, buscando uma oportunidade para nos tragar (IPe 5.8). O apóstolo Paulo, escrevendo aos efésios, faz uma síntese sobre o assunto “Batalha Espiritual”, utilizando como ilustração a figura de um soldado romano da época (Ef 6.10-20). Baseados nesse texto observaremos alguns princípios, os quais devem ser examinados cuidadosamente por aqueles que não querem ser surpreendidos.

1º - O apóstolo começa afirmando que toda a nossa força vem do Senhor e que, sem Ele, é, simplesmente, impossível vencer, ou seja, devemos reconhecer que só é possível derrotar o inimigo quando estivermos na total dependência de Deus.

2º - É necessário utilizar o discernimento dado pelo Espírito Santo, entendendo que a nossa luta do cotidiano não é contra as pessoas e sim contra os espíritos malignos que agem através delas, inclusive, na vida dos crentes, se derem lugar para ele.

3º - Precisamos tapar as brechas. Com uma pequena cunha de madeira se abre espaço para derrubar uma porta. Devemos ter cuidado com as “raposinhas” (Ct 2.15), isto é, com as mentirinhas do cotidiano, com os chamados “pecadinhos de estimação”. A única coisa que a Bíblia confere ao Diabo a paternidade é a mentira, por isso, Paulo nos adverte para estarmos sempre utilizando o cinto da verdade.

4º - O nosso parâmetro de justiça será sempre o Senhor, ainda que consideremos uma utopia conseguirmos alcançá-la. Quantos têm fracassado e sucumbido pelo mau testemunho de homens que agem com injustiça devido ao domínio do pecado.

5º - Ter uma atitude egoísta nunca deve ser uma opção. Deus nos chamou para sermos seus instrumentos, propagando o evangelho e não apenas para alcançarmos o céu. No campo de batalhas, o bom soldado sempre arriscará sua vida em prol de um companheiro ferido. Estejamos, então, sempre com os pés calçados com o evangelho da paz, prontos a retransmitir a mensagem que recebemos gratuitamente.

6º - Empregarmos com eficácia a fé, nossa arma de defesa mais poderosa. As circunstâncias dizem: você não vai conseguir. O Diabo diz: você não é páreo para mim. A nossa fé diz: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fl 4.13); “Porque maior é aquele que está conosco, do que aquele que está no mundo.” (IJo 4.4).

7º -  Nos apropriarmos, na verdade, de que nada será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 8.31-39). Os discípulos, certa feita, voltaram de sua missão, maravilhados porque, ao nome de Jesus, sinais e maravilhas eram realizados, até os demônios fugiam. Jesus os adverte, lhes ensinando que o maior motivo da alegria não deveria ser esse, mas o fato de terem os seus nomes escritos no livro da vida, quer dizer, a garantia da salvação. O mais importante em nós é o espírito, o sopro de vida e ele estará sempre protegido pelo capacete da salvação.

8º - É imprescindível que estejamos aptos a manejar bem a Palavra de Deus, espada do espírito (II Tm 2.15). Ela pode ser utilizada tanto para defesa, como para o ataque, afinal de contas o próprio Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja (Mt 16.18). Eu não preciso, necessariamente, ser um teólogo para ter as credenciais de alguém que a maneja bem. Preciso apenas estar disposto a meditar nela diariamente e manter uma vida de oração para estar sensível aos seus ensinamentos, iluminados pelo Espírito Santo (Js 1.7-9). Lembrando que tão importante quanto a manejar bem, será colocá-la em prática em toda a nossa maneira de viver a fim de que não corramos o risco de, pregando aos outros, nós mesmos não sejamos pegos em condenação (I Co 9.27).

Portanto, amados irmãos, estejamos sempre prontos, conscientes do que nos aguarda para não sermos surpreendidos, pois o tempo está próximo (Ap 1.3).

Juvenal Netto



SERÁ QUE VOCÊ DESEJA MESMO “ZOAR”?



Havia em um passado bem distante uma cidade cuja transgressão e promiscuidade eram tamanhas, chegando ao conhecimento do Altíssimo. Ele, o justo juiz, não poderia ficar inerte, insensível àquela tamanha podridão, talvez algo parecido com algumas coisas que observamos na sociedade deste tempo. Ele decidiu imediatamente tomar uma atitude, intervir, enfim, destruir a cidade de Sodoma com todos os seus habitantes, no entanto, com muita tristeza nos olhos, pois, a criação é a sua obra-prima. Mas, existia ainda um obstáculo. Ele não poderia destruir o “justo” com os ímpios. Então, resolve enviar seus mensageiros para alertar apenas uma família e não era uma qualquer, mas, uma com um parentesco bem próximo de seu grande amigo, chamado Abraão. O estado daquela cidade era tão terrível que os homens quiseram abusar, sexualmente, até mesmo dos anjos enviados pelo Senhor. O detalhe mais importante é que Deus tinha um escape, um refúgio, uma solução para Ló e sua família, a qual era caminhar para “ZOAR”. Ali estariam a salvo, livres, libertos totalmente da ira divina.

A cidade de ZOAR, para nós hoje, simboliza a nova Jerusalém, a cidade santa, preparada para todos os salvos, para aqueles justificados pelo sangue do Cordeiro. Infelizmente, a mulher de Ló, apesar da grande manifestação de amor do Pai, preferiu “OLHAR PARA TRÁS”. Ela fracassou, sendo transformada em uma estátua de sal. A frase “olhou para trás”, em hebraico, significa literalmente “demorou-se”. Para aquela mulher os desejos, a luxúria de Sodoma, foram mais fortes do que o desejo de alcançar a salvação, pois, ela “demorou-se” em se decidir.

Existe hoje uma grande multidão como aquela mulher “demorando” muito em se decidir, entre os prazeres, tipificados pela antiga Sodoma e a vida eterna. É preciso se posicionar entre os banquetes transitórios oferecidos pelo mundo, ou a garantia da vitória, do livramento, da libertação total, simbolizados pelo que a bíblia chama de céu.

Apesar de não existir nas Escrituras a expressão, “livre arbítrio”, podemos perceber isso nitidamente. Deus sempre esteve preocupado com a sua criação e continua mandando mensageiros. Sua igreja proclama incansavelmente ao mundo inteiro a mensagem sobre o Senhor não ter prazer na morte de nenhum homem. Assim, como para a família de Ló a direção foi procurar abrigo na cidade de ZOAR, para nós, no presente, a saída é buscar aquele que é o caminho, a verdade e a Vida, Jesus de Nazaré (Jo 14.6).

Portanto, qual será a nossa decisão? SODOMA OU “ZOAR” (CÉU), oferecido gratuitamente através do sacrifício vicário de Cristo. A mulher de Ló estava a um passo da vitória, mas preferiu voltar. Para aqueles que já saíram de Sodoma, aconselho a tomarem como exemplo, essa mulher. Não é tempo de retroceder. Aquele que lança a mão no arado e olha para trás não é apto para entrar no reino dos céus, disse Jesus. (Lc 9.62). Avancemos, então, confiadamente para Zoar.

Juvenal Netto

sexta-feira, 29 de maio de 2015

NADANDO CONTRA A CORRENTEZA



Apesar de nunca ter vivido tal experiência, já ouvi muitos relatos acerca de pessoas que quase perderam suas vidas em um mar ou rio revoltos, devido a fortes correntezas. Nadar contra ela é algo extremamente fatigante, até mesmo para os mais exímios nadadores. A única diferença existente entre um nadador profissional e um principiante ou afogado, é o tempo de resistência e a sua capacidade de não entrar em pânico. Os mais experientes neste assunto, ensinam estratégias, tais como: mudar a direção do nado; procurar um ângulo perpendicular; desbordar até chegar à terra firme. É possível, ainda, se deixar levar pelo movimento das águas e ver onde vai parar, sem um destino definido ou a certeza de que vai aguentar chegar vivo até o fim. Nunca ouvi nadadores, por mais habilitados que sejam, incentivar pessoas a persistirem no nado frontal a elas. Quem insiste nesta tática, segundo eles, se cansarão, e, dependendo da distância a ser percorrida, serão vencidos pelo cansaço. A tendência é o esgotamento, a fadiga e o afogamento.

A vida para muitas pessoas se tornou como se estivesse nadando contra uma grande correnteza, tentando constantemente lhes arrastar para lugares e posições indesejáveis. Quem nunca teve esta sensação, de estar lutando contra uma delas? Empregando muita energia sem conseguir sair do lugar e o pior, vendo as suas forças se esvaírem.

            Em um mundo dominado pela corrupção, onde as pessoas jogaram a ética na lixeira; abandonaram os valores morais, os quais, no presente século, parecem ultrapassados. Somados a tentativa de banalizar a família tradicional e a dar ênfase as relações homoafetivas. O que fazer para vencer todos esses obstáculos?

Em relação à homossexualidade, ela sempre existiu. Todos têm conhecimento quanto a essa realidade, porém, querer impor esta prática de forma generalizada, ultrapassa todos os limites. O pior de tudo é que esse comportamento vai além de nossas fronteiras, isto é, ele é global, com exceções de alguns países conservadores. Quem defende e luta pela manutenção de princípios, como a ética, a honestidade, os bons costumes, a família tradicional, etc., precisa estar consciente que enfrentará fortes oposições. A exemplo dessa realidade são os heterossexuais assumidos que insistem na defesa da prática homossexual. Um dos assuntos em pauta no momento é a homofobia, uma palavra aplicada de forma equivocada, intencional e manipuladora. Homofóbico, a luz dos dicionários, se define por agressores físicos a pessoas declaradamente praticantes da homossexualidade. Um indivíduo não pode ser tipificado por esse adjetivo pelo simples fato de se posicionar contrário a essas práticas, apenas no campo das ideias. A verdade é que tentam transformar o errado em certo de forma impositiva e irracional.

            Quem nunca enfrentou resistência no ambiente de trabalho, pois, no conceito da estrutura social montada e imposta, quem sabe mais e tem as melhores ideias são os mais graduados, os chefes, os que estão no comando. Usando uma linguagem militar, os possuidores da maior patente. A grande questão é: será que esse princípio está correto? Quantas pessoas com grande potencial para progredir, avançar, não estão paralisadas porque lutam diariamente contra os poderes dessa organização. Quem se atreve a bater de frente, discordar, são tachados como rebeldes, infiéis ou até mesmo, problemáticos. Quantos líderes nem sequer ouvem seus liderados? Quando o fazem é apenas para cumprir um protocolo, pois, na verdade, já estão com as suas decisões prontas.

            No campo dá fé, parece que a luta ainda é mais intensa, pois, a dificuldade começa em casa, ou seja, na própria igreja. Pessoas estagnadas, porém, se observam outras se movimentando para fazer algo, são os primeiros a colocar algum obstáculo. Com espírito crítico, tentam desanimá-las com frases como: isto já foi feito aqui, mas não deu certo. As pessoas deste lugar são de coração duro. A igreja tal já tentou isso e falhou. Você não está preparado. Eu tenho uma ideia melhor, etc. Infelizmente, o Diabo consegue muitos colaboradores para dificultar a nossa vida, aumentando a força da correnteza.   

            Na área jurídica não difere, pois grande parte de seus membros não é mais confiável, basta olhar as sentenças, os processos, enfim, chegaremos à conclusão de que tudo depende do poder aquisitivo. Pessoas praticantes dos mesmos crimes, no entanto, recebem decisões diferenciadas, conforme a sua influência. A seu favor estão os advogados renomados, muitos desses “amigos” de juízes e desembargadores. Você porventura já tentou entrar com uma ação contra Instituições Federais ou grandes empresas? A dificuldade é imensa.    

Essa crise do chamado “petróleo” é apenas a ponta do iceberg, pois este esquema de propina e de corrupção estão enraizados por quase todos os setores da sociedade. Todos os domingos têm alguém sendo investigado e preso por falcatruas, segundo as matérias do Fantástico, transmitidos pela emissora Rede Globo. O sistema corrompeu as camadas mais altas da sociedade. Recentemente, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Joaquim Barbosa, pediu aposentadoria, sendo que ainda lhe restavam 10 anos para permanecer no exercício de suas funções no STF. Ele, com certeza, ao tomar essa decisão, estava se sentindo como alguém impossibilitado de lutar contra esse gigante.

No início falei que existe uma estratégia humana para vencer as correntezas, empregando menos energia, mas, ao se tratar de situações corriqueiras da vida, enfrentadas por todos, principalmente pelos cidadãos de bem, obedientes a Deus e a sua Palavra, creio que a solução seria um pouco diferente.

Jesus, no sermão do monte, afirma que devemos entrar pela PORTA ESTREITA e que larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz a perdição e são muitos os que entram por ela. Porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida e são poucos os que acertam com ela (Mt. 7.13-14). A porta estreita significa continuar guerreando contra essas forças, pois, não há como pegar atalhos ou fazer desbordamentos. É preciso encarar os desafios com perseverança. A correnteza simboliza o mundo com todo o seu sistema, tentando a todo momento nos fazer desistir.

Portanto, encaremos a correnteza, crendo que Ele, Jesus de Nazaré, nos dará força suficiente para vencermos o cansaço e chegarmos ao porto seguro. “Não veio sobre nós, tentação que não fosse humana, mais fiel é Deus que não permitirá que sejamos tentados além daquilo que podemos suportar, juntamente com a tribulação, Ele nos proporcionará o escape”, assim disse o apóstolo Paulo (I Co 10.13). Vale a pena seguirmos em frente, pois, lá estará nossa vitória cabal.

Juvenal Netto

terça-feira, 26 de maio de 2015

TALVEZ A ESPERANÇA ESTEJA NO “PÓ”

Por muitos anos acreditei que o orgulho, a altivez de espírito, enfim, a arrogância, fosse algo exclusivo dos ricos e poderosos. Com o passar do tempo e já bem mais maduro, cheguei à conclusão de que estava totalmente equivocado. A altivez e a arrogância são características inerentes aos seres humanos, talvez pela ação danosa do pecado herdado do primeiro homem, independentemente de sua condição social ou financeira, pois já tive o privilégio de conhecer e conviver com pessoas, que apesar de serem ricas e influentes na sociedade, demonstravam uma incrível humildade e simplicidade. Do mesmo modo conheci pessoas pobres, carentes, desprovidas de todos os recursos indispensáveis para se viver com um mínimo de dignidade e, nem por isso, deixaram de ser orgulhosas e prepotentes.
Deus escolheu uma tribo chamada “Israel” para servir de modelo para os demais povos. Eles foram educados, preparados para influenciarem o mundo, mas este povo tinha dentre tantos outros defeitos, um que deixava irado o Criador. Por diversas vezes Deus usava os seus profetas para advertir aquela tribo e uma das frases dele que se tornou corriqueira no Antigo Testamento foi a seguinte: “Este povo é de dura cerviz”, ou seja, de coração duro; que não se dobra facilmente parecia que a coluna deles vivia engessada a todo o tempo a ponto de impedi-los de se dobrarem, mesmo vivendo as piores experiências possíveis.
O profeta Jeremias escreve um livro chamado de Lamentações. Este nome não se dá por acaso, pois é a narrativa de lamentações de um povo sofrendo terrivelmente o cativeiro babilônico por um período de aproximadamente 70 anos. Pelo poder do exército inimigo na época, o de Nabucodonosor, seria quase impossível para aquela tribo se libertar da escravidão e poder voltar a ter uma vida livre e feliz.
Hoje, apesar de o contexto ser totalmente diferente da época narrada, assim como aquela tribo, existem multidões sofrendo horrores tais como: Miséria em todos os aspectos, desde a social até a conceitual; aprisionamento dos mais variados possíveis, desde um relacionamento problemático até ao uso indiscriminado de entorpecentes; enfermidades de diversas origens, principalmente as chamadas psicossomáticas, ou seja, doenças na alma e ainda a presunção e a altivez que faz com que muitos não se dobrem e achem que mesmo sozinhos poderão vencer as lutas do dia a dia.
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O profeta ao se deparar com a situação daquele povo começa a descrever os seus lamentos, parece que na tentativa de mostrar para aquelas pessoas que existia uma saída, talvez única. A verdade é que não existia uma solução mágica, sem esforços ou mudanças, era preciso, primeiramente retirar o gesso das costas. Precisavam reconhecer os seus erros e, em reconhecendo, se dobrarem diante daquele que poderia mudar o quadro de suas vidas para sempre, o Senhor do universo.
Jeremias no versículo 29, do capítulo 3, trás uma solução simples para solucionar o problema daquela Tribo e utiliza a seguinte expressão: “Ponha a boca no pó, talvez ainda haja esperança”. O que ele queria dizer com esta expressão?
Em primeiro lugar, aquelas pessoas precisavam reconhecer o seu estado de pequenez, de impotência, de miserabilidade, de fragilidade e limitação. Precisavam abandonar a arrogância, a presunção, a autossuficiência e a autoconfiança. Para um homem, por a boca no pó, significa se dobrar totalmente até ao ponto de seus lábios tocarem o solo e a sua coluna formar um ângulo convexo. É a figura da criatura se rendendo totalmente ao criador.
Em segundo lugar, ele afirma que fazendo isto, deve haver ainda uma esperança, ou seja, há uma grande probabilidade de Deus intervir na situação, no problema, na luta, no desafio, enfim, mudar a minha e a sua história, assim como fez com Israel, dando-lhe uma segunda chance e permitindo-lhes voltar para a sua cidade natal e recomeçarem as suas vidas livres da opressão e do cativeiro.
O termo “dura cerviz” aparece na bíblia por volta de 18 vezes e a palavra “humilhar” e suas derivações aparece cerca de 69 vezes. Para cada vez que Deus adverte o seu povo de sua condição e causa, Ele ordena três vezes mais a se humilharem, como condição básica de serem tocados e libertos.
Portanto se as coisas estão difíceis, para não empregar a palavra “impossível”, sigamos a orientação do profeta Jeremias e nos curvemos totalmente diante daquele que tem poder para operar infinitamente mais do que tudo aquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós, Cristo Jesus, pois, a luz da bíblia não nos restará outra opção se não esta. ( Lc 14.11e 18.14; Ef 3.20)

Soli Deo Glória

Juvenal M. de Oliveira Netto

NUNCA HOUVE

- Nunca houve tantos templos religiosos de variados credos e tantas pessoas que ainda não conhecem a Deus, pelo menos é o que demonstram pela forma em que vivem;

- Nunca houve tantos escândalos e surgimento de tantos falsos ensinos ligados à religião apesar de terem se multiplicado os cursos de Teologia e o surgimento de inúmeros teólogos nas diversas ramificações religiosas existentes neste imenso Brasil e, ainda, a quantidade de exemplares da bíblia, de variadas traduções, que são comercializados a todo o momento aquecendo o mercado da fé;

- Nunca houve tantas pessoas que se apostataram da fé, que não querem mais saber de Deus e da religião, pelas frustrantes e decepcionantes experiências vividas no meio dos “religiosos”;

- Nunca houve tanto liberalismo no meio daqueles que professam sua fé em Cristo, a ponto de não haver mais distinção entre “justos” e “ímpios”. A realidade hoje é que as pessoas não se convertem (no grego, metanóia – mudança de mente e atitudes) mais ao cristianismo, elas se filiam a alguma ramificação religiosa e a seguem cegamente como se ela estivesse acima do próprio Deus;

- Nunca houve tanta falta de amor, onde os animais são mais valorizados do que os seres humanos, por incrível que pareça, no Brasil é mais fácil você ficar preso porque maltratou um animal do que se cometer um homicídio, apesar de toda a regulamentação jurídica;

- Nunca houve tanta inércia da comunidade cristã brasileira, que apesar de ser uma grande multidão, em comparação com o século passado, não provocam nenhuma mudança em nosso país, são sal dentro do saleiro; não influenciam; não se posicionam; aceitam tudo com a maior naturalidade; são espectadores assíduos das novelas da globo, que na grande maioria das vezes trás temas diabólicos e perniciosos para toda a sociedade, tais como homossexualismo, adultério, destruição das bases familiares;

- Nunca houve tantos sinais da volta de Cristo, como Ele mesmo disse: “Aprendei, pois esta parábola da figueira: quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas.” Mt. 24.32-33.

Portanto tudo o que está acontecendo não é sinal de que Deus perdeu o controle da situação, mas a certeza de que tudo já estava previsto e de que a volta de Cristo está cada vez mais próxima. Façamos como as virgens prudentes que mantiveram as suas lamparinas cheias de azeite e prontas para a chegada do noivo. MARANATA – Oh vem Senhor Jesus.

Soli Deo Glória

Juvenal M. de Oliveira Netto

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A QUEM DEVEMOS ADORAR

           
A primeira coisa a ser observada é o significado da palavra “adoração”. Muitos têm sua própria ideia a respeito do que ela denota; mas precisamos definir o seu conceito. 
O termo adoração geralmente se refere a atos específicos de religiosos, direcionados a um ser sobrenatural podendo ser uma divindade ou algo natural como o dinheiro, por exemplo. 
No hebraico a palavra “adoração” significa servir, prostrar-se. Para distinguir o "servir" sendo ato de adoração com o "servir" como sendo um serviço secular comum, notemos o seguinte: o "servir" como se estando adorando a algo vêm com modalidades exclusivas, tais como "servir de corpo e alma", ou seja, estar a pessoa devotando-se exclusivamente a serviço unicamente a tal deidade. Não é como um serviço secular rotineiro, mas sim, um serviço que envolve a pessoa estar obediente a sua deidade incondicionalmente. 
O brasileiro tem como característica, o ser místico, religioso por natureza, ou seja, acredita em tudo. Ele se entrega de corpo e alma a divindade que crê como sendo a solucionadora de todos os seus problemas. Para expressar bem esta verdade, existe um dito popular que fala acerca daqueles que acendem uma vela para “Deus” e outra para o “Diabo”. 
O grande dilema não é o homem adorar, se prostrar, servir, a uma divindade e sim se o está fazendo a pessoa certa, ao Deus verdadeiro. 
Por volta do ano 1520 A. C., nascia um homem chamado Moisés, com uma missão: Libertar o povo de Israel cativo no Egito. Moisés questiona a Deus e lhe pergunta: “Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? O que lhes direi? Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: assim dirás aos filhos de Israel: “EU SOU” me enviou a vós outros.” (Êxodo 3: 13-14) 
O “EU SOU” (YAHWEH), o auto existente, o Eterno, o único Deus Criador dos céus e da terra, este sim deve ser adorado, servido de corpo e alma.
Este Deus amou o mundo de maneira tal, que deu , doou o seu único filho, Jesus Cristo, para que todo aquele que nele crer, não morra (2ª morte, a morte eterna), mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). 
Lembre-se que em nenhum momento me referi ao termo “religião”, pois isto é segundo plano, não tem a maior importância se não crermos na Bíblia, como sendo a Palavra inerrante de Deus, o manual do fabricante, a bússola que nos norteará aos caminhos mais profundos e eternos. 
E porque devo “ADORAR” somente a Jesus? Por que Ele exige exclusividade (Is 42:8; Tg 4: 4-6; Jo 3:18, 8: 32-36, 14:6; Lc 16.13) e a Bíblia diz que Ele é o único mediador entre Deus e o homem (I Tm 2.5) e também o único que pode nos garantir a vitória sobre o nosso maior inimigo, a morte. A Bíblia diz que assim como Ele ressuscitou, ressurgiu dentre os mortos, nós também o que crermos nEle, ressuscitaremos também, esta é a nossa maior recompensa, por isto vale a pena “ADORÁ-LO EXCLUSIVAMENTE” com todo o nosso ser. (I Co 15) 
Soli Deo Glória 
Juvenal M. de Oliveira Netto

domingo, 24 de maio de 2015

O GRANDE DESAFIO DE VIVERMOS NO EQUILÍBRIO

      

 O ecossistema é a unidade principal de estudo da ecologia e pode ser definido como um sistema composto pelos seres vivos, o local onde eles vivem e todas as relações destes com o meio e entre si. Há um equilíbrio fantástico na natureza criada por Deus, tudo está interligado. O homem tem interagido com o seu habitat de forma danosa, desequilibrada, causando destruição e gerando um dos principais problemas ambientais da atualidade que, segundo os grandes cientistas, podem ser irreversíveis. Para a Física, o equilíbrio significa o estado de um corpo que se mantém sobre um apoio, sem se inclinar para nenhum dos lados, isto parece tão simples e óbvio, porém o homem parece tender mais para a figura de um pêndulo, ou seja, realizando movimento isócrono de vaivém, ora está numa extremidade, ora noutra. Enquanto que o desejo de Deus para todos nós, em todos os aspectos, em todas as áreas da vida, é o meio termo, o equilíbrio, demonstrado e ensinado por Ele em toda a sua criação. Em décadas passadas vivemos no Brasil o período chamado de “Ditadura Militar”, onde afirmavam que éramos cerceados de direitos considerados indispensáveis para o desenvolvimento de uma sociedade justa, que viesse a gerar uma alta qualidade de vida para todos, ou, pelo menos para a grande maioria dos seus indivíduos. Diziam que tudo era censurado e reprimido e isto parecia se refletir até na educação nos lares por pais altamente ríspidos e autoritários que não conseguiam dialogar com os seus filhos e que resolviam tudo na base do chicote. Clamou-se por mudanças e hoje, finalmente, saímos das garras daquela ditadura que parecia cruel, será mesmo? Tínhamos tudo para melhorarmos, crescermos, sairmos do subdesenvolvimento, alcançarmos patamares mais altos, evoluirmos, porém se optou por avançar demais, caminhando em direção ao outro extremo, o neoliberalismo. Hoje o que se define por democracia, na verdade, não seria uma anarquia? Onde não há limites, não se pode dizer
não a um filho, não há respeito, não se cumpre regras e normas. Tornamos-nos uma terra sem lei, onde os traficantes ostentam os seus fuzis livremente a luz do dia em meio às autoridades policiais impotentes, que se sentem engolidos pelo sistema altamente falido em que estão inseridos. Enquanto isto, observamos os cidadãos de bem deste país vivendo enclausurados nas suas residências dependendo cada vez mais de equipamentos de segurança que lhes dê uma maior garantia de sobrevivência. No mundo competitivo e consumista em que vivemos outro desafio para todos nós é mantermos o equilíbrio em relação a nossa vida financeira. Como viver sem avareza, sem o domínio do vil metal e ao mesmo tempo não ser irresponsável nos gastos orçamentários, não ser um esbanjador, enfim, um consumista compulsivo? Hoje muitos são os que administram as suas finanças de forma desequilibrada e pagam um alto preço por isto, mas este não é o desejo do Pai para todos nós, o seu desejo é sermos mordomos equilibrados (Sl 62.10b; Pv 30.8; Mt 6.24). Poderia escrever centenas de páginas sobre este assunto, falando sobre o equilíbrio nas diversas áreas da vida tais como, profissional, sentimental, etc., mas quero finalizar abordando a questão do equilíbrio na vida espiritual. Para isto terei que fazer subdivisões pela abrangência e importância do tema na principal área de nossas vidas. O primeiro aspecto que gostaria de abordar é o extremismo existente entre o conhecimento bíblico teórico e a devoção, ou a oração. Podemos identificar claramente estes grupos distintos nas diversas ramificações cristãs religiosas. O primeiro grupo extremista, afirma que os milagres cessaram, que é algo do passado apenas para que todos identificassem a Jesus como Deus e para defenderem as suas teses, mergulham fundo na “letra”. Este grupo se preocupa em extremo apenas com a teoria, com o conhecimento. Preocupa-se em utilizar palavras rebuscadas para impressionar aos seus ouvintes. Desprezam as reuniões mais longas de oração, as vigílias, não se preocupam em insistir na oração em busca de um milagre.
O segundo grupo tão extremista quanto o primeiro, desdenha do conhecimento bíblico aprofundado. A sua ênfase está na “profecia”, nas reuniões de consagração, nas subidas ao monte, nas revelações, nos sinais e prodígios. E a pergunta é: Quem está certo? Nenhum dos dois. Jesus repreende severamente os religiosos da época, chamados de Escribas e Fariseus, dizendo que eles estavam totalmente equivocados em suas crenças porque não conheciam as “ESCRITURAS” nem o “PODER DE DEUS” (Mt 22. 29). Precisamos conhecer profundamente a bíblia para não corrermos o risco de sermos enganados pelos falsos profetas, já que ela é a única profecia selada (Gl 1.8; Ap 22. 18-19), mas também não podemos ignorar, descartar a importância da busca a Deus através de uma vida de oração. O próprio Jesus nos incentiva a insistir na oração, prova disto está na parábola do juiz iníquo contada por Ele (Lc 18: 1-14). Lembrando sempre que a letra mata, mas o Espírito vivifica (2 Co 3.6). O Espírito Santo é quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8) e não a nossa oratória por mais eloquente que seja. Ainda falando sobre a questão da espiritualidade, vemos muitas pessoas que no afã de realizar a “Obra do Senhor”, perderam os seus familiares. Que triste realidade a de alguém que ganha muitas almas para o Reino de Deus e perde a sua própria família para o Diabo, isto porque caminharam por um caminho extremo. Sem contar que nem tudo que afirmam ser “Obra do Senhor”, o é realmente, ou não passa de um ativismo religioso. Para algumas pessoas fazer a “Obra do Senhor” não passa de uma simples terapia ocupacional e prova disto é que apesar de empregarem muita energia nas tarefas realizadas, não conseguimos visualizar os seus frutos, algo que realmente testificará acerca da verdadeira Obra do Senhor. Já outros se tornaram negligentes para com o seu chamado em detrimento de uma importância exagerada sobre os seus familiares. Reconhecem o peso da responsabilidade, que estão lidando com vidas, mas o ignoram, como um médico que, mesmo fazendo o seu juramento pós-faculdade de jamais se negar a tentar
salvar uma vida, depois de algum tempo, durante o exercício de sua profissão, o fazem sem o menor constrangimento. Qual é o desejo de Deus para este assunto em especial? O seu desejo é que estipulemos sim as prioridades, porém sem negligenciar nenhuma delas, vivendo o seu ministério, o seu chamado de forma equilibrada. Dentro ainda do subtema espiritualidade, existem pessoas que espiritualizam tudo, tudo é lançado na conta de Deus ou do Diabo. Querem viver como se fossem extraterrestres, distante da realidade do mundo. Acreditam em todos os modismos religiosos que surgem a cada momento, sem ao menos verificar a sua autenticidade na bíblia sagrada. Acreditam que para tudo deve haver uma resposta envolvendo o sobrenatural. São facilmente enganados pelos falsos profetas, pois se deixam levar simplesmente pela emoção. Para estas pessoas o que vale é o que se sente, a sua experiência ou a de outrem, vividas a cada momento. Todas as doenças existentes no mundo, para elas deve ter um fundo espiritual. A contraposto disto há aqueles que menosprezam o mundo espiritual, vivem como se o céu fosse aqui na terra. Estão preocupados apenas com o aqui e agora, debocham da realidade da batalha espiritual como se ela fosse apenas uma fantasia. Para estas pessoas, quase tudo “não tem nada a ver”, chegam a ser céticas e estão sempre avaliando tudo pela razão. Precisamos entender que, apesar de Deus exigir de todos nós a santidade, não seremos retirados do convívio daqueles que vivem em trevas, pelo contrário precisamos resplandecer como luzeiros. Há a necessidade de discernirmos e entendermos que existem enfermidades comuns do dia a dia, porém há também aquelas de ordem espiritual. Precisamos buscar o meio termo entre a fé e a razão. Paulo escrevendo ao Jovem Pastor Timóteo disse o seguinte: “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, amor e de moderação (equilíbrio)” (2Tm 1.7). O desejo de Deus para as nossas vidas, em todas as
áreas, sem exceção, é que vivamos equilibradamente, para isto precisaremos do Espírito Santo de Deus agindo e reinando em nós a fim de que o nosso pêndulo seja travado ao centro, longe das extremidades e experimentemos uma vida de equilíbrio no centro da vontade de Deus.

Soli Deo Glória 

Juvenal M. de Oliveira Netto

APRESENTAÇÃO DA ORQUESTRA NA 57ª ASSEMBLÉIA DA CONVENÇÃO BATISTA LITORÂNEA1


APRESENTAÇÃO DA ORQUESTRA NA 57ª ASSEMBLÉIA GERAL DA CONVENÇÃO BATISTA LITORÂNEA


sexta-feira, 22 de maio de 2015

CRISTÃO OU RELIGIOSO?




Para muita gente as palavras acima descritas são sinônimas, mas, se forem analisadas a fundo, verão que são apenas parecidas:

1º O religioso segue e obedece cegamente a um líder terreno, enquanto o Cristão mesmo compreendendo e acatando os princípios de autoridade eclesiástica, tem como sua referência maior a Cristo, procurando imitá-lo em tudo;

2º O religioso é ritualista, só está preocupado em seguir os dogmas impostos pela comunidade eclesiástica, já o Cristão é sensível a voz do seu Mestre e entende que o obedecer à Cristo é melhor que fazer sacrifícios de tolo, como afirmam as escrituras (1Sm 15.22);

3º O religioso estará sempre preocupado com a sua reputação diante dos homens. Jesus os chama de sepulcros caiados, muito bonitos por fora, mas do seu interior exala mau cheiro (Mt 23.27). O Cristão está preocupado em ter um coração puro e testemunhar de Cristo a todo tempo;

4º O religioso procura saber tudo acerca da lei e ensinar aos outros, mas o Cristão busca tê-la no coração e ensiná-la com o seu exemplo de vida (Sl 119.11);

5º O religioso pratica boas obras para poder entrar no céu, enquanto o Cristão as pratica porque aprendeu com o Mestre que deve amar ao seu próximo como a si mesmo e as boas obras serão um reflexo da sua atitude de fé em Cristo, tendo como “conseqüência” a salvação de sua alma (Ef 2.8-10);

6º O religioso impressiona aos homens pelo seu comportamento exteriorizado, mas o Cristão tocará o coração do Pai por expressões que brotam da alma, muitas vezes invisíveis aos olhos humanos (1Sm 16.7); e

7º O religioso pensa estar num patamar mais alto em relação àqueles que não cumprem os seus rituais, sentindo-se merecedor das bênçãos de Deus (Lc 18.10-14). O Cristão entende que foi alcançado pela misericórdia do Senhor e dela depende a cada momento de sua vida.

Os religiosos da época foram severamente advertidos por Jesus pelo seu comportamento e atitudes e Ele chegou a dizer que se a nossa justiça não excedesse “em muito” a dos escribas e fariseus, de maneira nenhuma entraríamos no Reino dos céus. Portanto a quem queremos imitar? O proceder daqueles religiosos ou seguirmos o exemplo de Cristo.

Soli Deo Glória.

Juvenal M. de Oliveira Netto